Painel do leitor
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Panelaço
Nem Lula escapa mais de panelaço e buzinaço ("Programa do PT foi alvo de panelaço em 10 Estados e no DF", "Poder", 6/5). A coisa está feia para o PT. No meio de tantos escândalos de corrupção, ainda arrola para si a prerrogativa do combate aos "malfeitos". Todos sabemos que os "companheiros" estão entre os maiores protagonistas das indecorosas transações que levaram o Brasil ao retrocesso em que se encontra e que faz o brasileiro se desesperançar. É muito cinismo.
Myrian Macedo (São Paulo, SP)
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Da notícia sobre o panelaço fica a constatação de que ainda há os que assistem aos programas partidários. Faz parte da formação política ou bateriam panelas apenas pelo impulso de ouvir uma ou outra pessoa que assim o fez? Minha vizinha bate panelas de madrugada para acordar os cachorros dos outros, pois não suporta os latidos deles durante o dia. Vá entender.
Adilson Roberto Gonçalves (Lorena, SP)
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Bater panelas é inútil --em termos. As panelas e buzinas já não mais permitem que o PT e seu governo falem tranquilamente ao povo. O estrebuchar se reflete no Congresso. No momento em que o grande chefe de São Bernardo falava, o Congresso lhe deu resposta imediata e à altura, aprovando a PEC da Bengala ("Câmara aprova norma que adia aposentadoria no STF", "Poder", 6/5). Dilma Rousseff já não será mais dona do STF. Panelas, buzinas e bengalas, um grande país envolto no legado do PT.
Amadeu R. Garrido de Paula, advogado (São Paulo, SP)
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Participamos, mais uma vez, de um estrondoso panelaço contra os desmandos desse governo petista que vem, gradativamente, depredando não só nossas maiores riquezas, como a autoestima do povo brasileiro. Esse governo nos causa vergonha, revolta, indignação e desesperança.
Toyomi Araki (São Paulo, SP)
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A foto das duas pessoas do "grande" panelaço da "Primeira Página" (6/5) deveria tomar toda a página, inclusive tirando o nome da Folha. Vergonhoso.
Kleris de Souza Albernaz (Rio de Janeiro, RJ)
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Já não importa o resultado da eleição. O que importa mesmo é salvar o Brasil. Após o desastre desta gerentona, só nos resta pedir, delicadamente, que Dilma saia de mansinho.
José Nogueira (São Paulo, SP)
Educação
Discordo do leitor Newton César Balzan (Painel do Leitor, 6/5) e, mais ainda, de Vladimir Safatle ("Não seja professor", "Opinião", 5/5) quanto às opiniões sobre a carreira do magistério. Também fui professora, aposentei-me na UFMG e, mais do que nunca, devemos estimular a carreira do magistério. Se nós, ex ou atuais professores, não defendermos a importância da profissão, quem o fará? Infelizmente, mais uma vez, Safatle usa da ironia de uma maneira inócua, diria mesmo irresponsável, sem contribuir com algo substancial para a questão. Lamentável.
Maria Helena Rabelo Campos (Nova Lima, MG)
Dengue
Sobre "Para pesquisador, Anvisa favoreceu vacina estrangeira" ("Cotidiano", 5/5), é recomendação da Organização Mundial da Saúde que o desenvolvimento clínico das fases 2 e 3 da vacina da dengue seja feito em regiões endêmicas com pessoas já expostas anteriormente. Assim, a defesa de Isaias Raw de que as fases 2 e 3 da vacina deveriam ser testadas na França, não no Brasil, não possui embasamento técnico. Dos 18 meses consumidos na análise da fase 2 no Butantan, 11 foram para que o instituto fosse capaz de responder aos questionamentos dos técnicos da Anvisa. A afirmação de que a Anvisa simplesmente "não assinou os papéis" não procede e é incompatível com o rigor técnico exigido para essa avaliação.
Carlos Augusto Moura, assessor de imprensa da Anvisa (Brasília, DF)
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É estarrecedor saber que um órgão do governo (Anvisa) atrasa a fabricação da vacina brasileira contra a dengue por oito meses. Segundo Isaias Raw, a Anvisa privilegiou a fabricação da vacina francesa (Sanofi), que no seu entender é "uma porcaria". Por que a Anvisa não liberou o teste da vacina brasileira? O grande número de mortes por dengue parece não preocupar certos órgãos do governo. Este país é sério?
José Jaime da Silva Teles Filho, médico (Bragança Paulista, SP)
Proteína de grilo
Os índios do Parque Xingu já estão na dieta com proteína de grilo faz tempo ("Proteína de grilo expande mercado nos Estados Unidos", "Mercado", 6/5). O problema é que a chegada do agronegócio e o aumento vertiginoso da pulverização com agrotóxicos fez grilos e gafanhotos sumirem. Aquela revoada em formato de nuvem de comida que tinha época para acontecer e saciar as comunidades com proteína de outra qualidade agora virou praga combatida aos quatro ventos pelo agronegócio.
André Villas-Bôas, secretário-executivo do Instituto Socioambiental (São Paulo, SP)
Segurança
Chegamos ao ponto em que o surrealismo passa a integrar o cotidiano do país sem maiores estranhezas. A notícia de que delegacias do Rio fecham de madrugada "por falta de segurança" seria hilária não fosse trágica ("Delegacias do Rio fecham de madrugada", "Cotidiano", 4/5). É o Estado se rendendo incondicionalmente à criminalidade.
Fernando Pacini (São Paulo, SP)
Futebol
Robinho, que a crítica esportiva considera o craque do Paulista, é o retrato acabado da mediocridade do futebol brasileiro. Foi um fracasso no Real Madrid, no Manchester City e voltou ao Santos emprestado de graça pelo Milan, onde nem no banco de reservas estava sentando mais.
Laércio Zannini (São Paulo, SP)
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O Santos acumula dívidas por má gestão da diretoria anterior, a pior dos últimos 50 anos --Luis Alvaro mostrou que está mais para poeta e sonhador do que administrador. O presidente Modesto Roma Jr. cortou altos salários e adotou política salarial mais realista. Apesar das dificuldades, o Santos conquistou o Paulista.
Gilberto Ruas (Santos, SP)