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Índice de aprovação
Na próxima pesquisa Datafolha, a popularidade de Dilma deverá ficar abaixo do volume morto ("Reprovação de Dilma só não é pior que a de Collor", "Poder", 21/6). Por outro lado, na pesquisa para governador, a popularidade de Alckmin vai chegar a 65%, pois não haverá falta de água, a qualidade da escola estadual terá superado a da Finlândia, não terá havido greve de professores por cem dias, a saúde no Estado estará uma maravilha e a segurança será reforçada com a redução da maioridade penal. Com tanta ajuda, o governador certamente vai deixar Aécio Neves para trás na preferência para presidente em 2018.
HÉLIO DE SOUSA REIS (Guarulhos, SP)
Antonio Palocci
No seu inconformismo em relação ao editorial da Folha ("Patrimônio parlamentar", "Opinião", 17/6), Antonio Palocci se esquece de que nem tudo o que é legal é também ético e/ ou correto ("Versões e fatos", Tendências/ Debates, 23/6). No exercício de seu mandato, o parlamentar é regiamente remunerado, faz jus a muitos benefícios extras e regalias (como imunidade parlamentar), além de deter informações privilegiadas. Mesmo que isso não bastasse, ao se investir da nobre função, tem por dever defender o bem público, não os interesses de uns poucos que o podem remunerar por isso.
WILIAN OLIVEIRA JUNQUEIRA (Belo Horizonte, BH)
Em seu artigo, o senhor Palocci nos informou que não existe meia legalidade --embora existam meias verdades, não existe meia ética. Quando partidos ou pessoas aceitam doações ou remunerações de pessoas físicas ou jurídicas com interesses ocultos, estão totalmente dentro da lei. Mas isso é ético?
EDUARDO FRANCO VAZ, aposentado (Campinas, SP)
Crise da água
A reportagem "Aposta de Alckmin para aliviar Cantareira será obra provisória" ("Cotidiano", 20/5) não respeitou conceitos técnicos do segmento abordado. Tubos de polietileno para aplicações sob pressão, produzidos a partir de resina virgem pigmentada na cor preta, têm a ação dos raios ultravioleta controlada, não sendo este um fator para diminuição da vida útil da tubulação. A utilização de tubos de PEAD na obra de interligação dos sistemas Rio Grande e Alto Tietê obedece a critérios de projeto, inspeção de recebimento e instalação, calculados e acompanhados por engenheiros pertencentes ao corpo técnico da Sabesp.
PAULO D'ELIA, advogado da ABPE - Associação Brasileira de Tubos Poliolefínicos e Sistemas (São Paulo, SP)
NOTA DA REDAÇÃO - A reportagem apenas reproduziu uma opinião da direção da Sabesp.
Grécia
Vladimir Safatle critica a posição da maioria europeia e do FMI em relação à situação da Grécia ("Matar uma ideia", "Opinião", 23/6). Se erro houve, foi a acolhida daquele país pela União sem que tivesse condições e disposição para as reformas econômicas e disciplina fiscal essenciais. O que exigem é responsabilidade.
ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP)
Virada Cultural
Lamento a cobertura sobre a Virada Cultural ("Virada Cultural ganha em segurança e perde em público", "Ilustrada", 22/6) --evento interessante, culturalmente rico e que possibilita a ocupação do espaço público pela população, numa cidade que oferece poucas possibilidades para isso. Ao invés de estimular seus leitores a frequentá-lo, a Folha insiste em desqualificá-lo. Os termos são quase sempre os mesmos: virada cultural violenta, arrastões, falta de segurança. Neste ano, com tudo mais organizado e seguro, resolveram usar o adjetivo desqualificador "vazio". A quem compensa manter as pessoas trancadas em casa, com medo?
LULA MARIA ABRAHÃO (São Paulo, SP)
Esperamos que muito em breve Haddad apresente as contas do "panis et circenses", a populista Virada Cultural, inventada para que os governos municipais angariem a simpatia de eleitores incautos. É um gasto de dinheiro público que poderia ser mais bem aproveitado se aplicado em necessidades sociais, como o amparo desses infelizes moradores de rua, que dormem pelas calçadas e viadutos da grande urbe.
LUIZ GONZAGA DE OLIVEIRA PINTO (São Paulo, SP)
Deputado tucano
Repudio a reportagem "Deputado tucano é sócio de agente fiscal suspeito de corrupção" ("Cotidiano", 19/6). É tendenciosa e distorcida. Como deputado --ou pessoa física--, jamais fui sócio de Maurício Dias. A sociedade sempre foi feita entre empresas regularmente constituídas, não entre particulares; as quatro empresas citadas não são investigadas. São sociedades com propósitos específicos (SPE) para realizar empreendimentos imobiliários, sem tributação de ICMS; os prédios são erguidos por outros sócios construtores, com financiamento bancário, sem recursos próprios.
CELINO CARDOSO, deputado estadual pelo PSDB (São Paulo, SP)
RESPOSTA DO JORNALISTA WÁLTER NUNES - Todos os negócios de Maurício Dias, inclusive aqueles em sociedade com empresas do deputado, são investigados pelo Ministério Público e pela Controladoria-Geral da Administração do Estado de São Paulo.
Arquitetura
A reportagem "Mostra celebra Artigas com viés intimista" ("Ilustrada", 23/6) enaltece a identidade da obra de Vilanova Artigas com o horizonte paulistano. Já o presidente do São Paulo Futebol Clube, Carlos Miguel Aidar, apresentará projeto que desfigurará o estádio do Morumbi, obra do centenário arquiteto. Como se as trapalhadas dos cartolas já não bastassem no futebol, agora ameaçam o patrimônio histórico paulistano.
EDSON DOMINGUES, sociólogo (São Paulo, SP)
Neymar
A divulgação de que a CBF não entraria com recurso para diminuir a suspensão de Neymar não convence de jeito algum ("Por estabilidade, Dunga libera Neymar", "Esporte", 23/6). Ainda mais quando se trata de o craque jogar a final, o que poderia equivaler a ser o Brasil campeão.
RICARDO GUILHERME BUSCH (São Paulo, SP)