Painel do Leitor
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Eduardo Cunha
O deputado Eduardo Cunha comporta-se como uma criança birrenta. Investigado por ter recebido US$ 5 milhões, afirma que rompeu com o governo e que "guerra é guerra" ("Cunha diz que delator mente e promete romper com o governo", "Poder", 17/7). Em vez de se defender, ataca o governo para desviar o foco das acusações. Esse homem não tem nenhum comprometimento com a democracia. Por que os demais deputados não reagem?
Haroldo Heverton Souza de Arruda (São Paulo, SP)
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Eduardo Cunha, que se diz cristão evangélico, usa a Bíblia como esteio na defesa de pautas conservadoras no Congresso. Convém lembrar ao presidente da Câmara dos Deputados, acusado de receber propina, o que o decálogo bíblico estabelece de forma peremptória: "não furtarás".
Túllio Marco Soares Carvalho (Belo Horizonte, MG)
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Por coerência com a sua apregoada religiosidade, o deputado Eduardo Cunha não poderia se deixar pautar pela raiva. Ao externá-la, deixa claro que, em vez de querer servir à nação, quer se servir dela para satisfazer ambições pessoais. A Câmara não pode tê-lo como presidente.
Alfredo Sternheim, jornalista e cineasta (São Paulo, SP)
Operação Lava Jato
Felizmente a presidente Dilma conta com um ministro de extrema competência para responder com serenidade e segurança às indagações feitas pelos senhores deputados, ávidos por encurralá-lo no ringue. José Eduardo Cardozo mostrou que tem domínio sobre a importante pasta da qual está à frente ("Doação legal pode ser crime, admite ministro da Justiça", "Poder", 16/7).
Ines Vieira Lopes (Campinas, SP)
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Sinto asco de políticos que se ressentem da ação da Polícia Federal ("PF foi truculenta e arbitrária, diz Collor", "Poder", 15/7). É preciso lembrar que eles deveriam trabalhar para o povo, mas nunca se sentir acima do povo, muito menos acima da lei. Quem não deve não teme.
Elcio Souza, professor (São Paulo, SP)
Novos municípios
Ainda não caiu a ficha no Senado. Em plena crise política e econômica, os senadores aprovaram a criação de 200 novos municípios ("Senado aprova projeto que autoriza criação de mais de 200 municípios", http://folha.com/no1656270). Isso significa, por baixo, mais de 15 mil pessoas auferindo salários, gerando mais despesas, quando o momento é de reduzir gastos. Espera-se que a Câmara Federal tenha bom senso e vete tal absurdo.
Humberto Schuwartz Soares (Vila Velha, ES)
PEC da Bengala
Concordo plenamente com Ruy Altenfelder ("Bengala para todos", "Opinião", 17/7), que defendeu o fim da aposentadoria compulsória aos 70 anos para os servidores públicos em geral. Quem quiser se aposentar antes, se tiver tempo legalmente permitido, que se aposente.
Elniro Brandão (Fortaleza, CE)
Marta Suplicy
A coluna de Marta Suplicy ("Maldade", "Opinião", 17/7) acerta ao tratar de forma humanística o problema dos cobradores de ônibus. Equivoca-se, entretanto, nas demais nuances. Países como a Alemanha nem catraca possuem. Estamos no século 21 e a tendência é que mudanças significativas ocorram. Deve-se, contudo, atrelar propostas que devolvam essa mão de obra ao desenvolvimento.
Pedro Fernandes Soares, estudante (Itaperuna, RJ)
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É inadmissível que Marta Suplicy use o espaço de sua coluna para fazer propaganda política na condição de pré-candidata à Prefeitura de São Paulo. Há pouco tempo, era ministra de Dilma e, num gesto de puro oportunismo, abandonou o PT. Agora, flerta com o PSB um com olho no PMDB. Com esse currículo, parece que seu futuro político está comprometido.
Valdenice Santana dos Santos (Taboão da Serra, SP)
Maioridade Penal
A "pátria educadora" discute a maioridade penal ("Com novo projeto, Senado deve travar maioridade", "Cotidiano", 16/7), querendo resolver o problema que ela mesma criou. A falta de educação na vida dos jovens deixou-os não só sem o saber, mas também sem a esperança de conseguir ser alguém nessa sociedade corrupta. O Brasil tem dinheiro para se tornar a "pátria educadora", mas preferiu o caminho do assalto à mão armada na política e na educação.
Celia Regina Ferraro Previato (São Paulo, SP)
Transporte público
A reportagem "Obras emperram em corredores de Alckmin" ("Cotidiano", 17/7) omite que 900 trabalhadores atuam em várias frentes. Há trechos finalizados e, em Guarulhos, prestes a serem entregues. No VLT, nove estações estão com as obras prontas e quatro veículos operam de forma experimental. Em Guarulhos, o trecho Cecap-Vila Galvão será entregue em agosto. No trecho de Nova Odessa a Santa Bárbara, serão entregues em julho o Rodoterminal de Santa Bárbara e 5,7 km de viário em Nova Odessa. Não foi informado que esse corredor possui 20 km implantados entre Campinas e Hortolândia, beneficiando 100 mil usuários por dia, com redução de 15 minutos na viagem.
Eliel Cardoso, gerente de Marketing Institucional da EMTU-SP (São Paulo, SP)
Colunistas
Muito esclarecedor o artigo do professor Pasquale Cipro Neto (''Pra botar outro (,) malandro (,) no...''', "Cotidiano", 16/7), a respeito do emprego da vírgula e do ponto e vírgula. Meus parabéns ao colunista.
Luiz Carlos Netto Chamadoira (São Paulo, SP)
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Anda mal a Folha em termos de colunistas. Carlos Heitor Cony não poderia ser mais grosseiro e chulo ao comentar a morte de Ghiggia ("Adeus ao Carrasco", "Esporte", 17/7), respeitado no Brasil apesar de seu famoso gol na Copa de 1950, que deu o título ao Uruguai. Já Reinaldo Azevedo ("Os filhos do PT comem seus pais", "Poder", 17/7) mostra o quanto é ignorante em matéria de Direito ao sair em defesa de réus confessos na Operação Lava Jato, atacando autoridades.
José Cretella Neto, advogado (São Paulo, SP)
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