Painel do leitor
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Lula e FHC
Não é hora de a oposição sentar-se à mesa com o governo ("Dilma também faz aceno à oposição após gesto de Lula", "Poder", 24/7). Passado esse período mais turbulento, pode-se até conversar. Agora, o país precisa mesmo é vencer o desafio de fazer com que nossas instituições cumpram suas competências legais. Caso o PSDB caia nessa "cilada", não estará dando um tiro no pé, mas em sua própria cabeça.
Rodrigo Borges de Campos Netto, cientista político (Brasília, DF)
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Em resposta ao leitor Reinner Carlos de Oliveira (Painel do Leitor, 24/7), gostaria de dizer que quem desarruma tem que arrumar. Simples assim. Não foi o PT que permitiu tudo isso? Cabe ao partido colocar alguma ordem. Vamos torcer para que Lula e FHC, juntos, encontrem, pelas experiências vividas, alguma luz para clarear o presente e alimentar nossa esperança futura.
Emery e Sá Trench Gomes (Santos, SP)
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Engraçado como as coisas acontecem. Na época das vacas gordas do PT, FHC era a herança maldita. Agora, os arrogantes desse partido "humildemente" querem conversar com ele ("Lula busca FHC para discutir crise e conter impeachment", "Poder", 23/7). Não poderia ser melhor a resposta de FHC, este, sim, um verdadeiro estadista: "O presidente Lula tem meus telefones e não precisa de intermediários". Parabéns, FHC.
Tobias Kogan, aposentado (São Paulo, SP)
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Depois de ler a coluna de Delfim Netto ("É a hora", "Opinião", 22/7), nossas esperanças de salvação se esmoreceram. Não achamos que é hora de sentar à mesa e conversar, como sugeriria o saudoso Ulysses Guimarães. Sem nenhuma culpa, vamos todos afundar juntos. Nunca se viu tantos venais juntos, a se melarem com o melado, por nunca antes terem comido.
Carlos Eduardo Pompeu (Limeira, SP)
Bolsa Família
João Doria ("O clientelismo terá fim?", Tendências/ Debates, 24/7) talvez desconheça a virtuosidade de resultados do Bolsa Família e o seu baixo custo orçamentário. Talvez não saiba que as condicionalidades melhoram a frequência e o rendimento escolar, que se reduziu a mortalidade infantil, que o país saiu do Mapa da Fome da ONU e que numerosos beneficiários se tornaram empreendedores e devolveram seus cartões. O comentarista desconhece as regras impessoais do programa, parece ignorar a desigualdade e chama de populista quem combate a pobreza. Clientelismo é a indiferença, e não as ações de emancipação do Bolsa Família.
Eduardo Dalbosco, coordenador da Assessoria Parlamentar e Federativa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Brasília, DF)
Acordo com o Irã
Seria cômica, não fosse trágica, a declaração de Reuven Azar, funcionário da Embaixada de Israel em Washington, em que acusa o Irã de ser um "país que vem enganando o mundo há anos" ("Kerry vai ao Congresso dos EUA defender pacto com Irã", "Mundo", 24/7). Como se o Estado de Israel cumprisse as determinações da ONU. Não sei se rio ou choro.
Ahmed Zoghbi (São Paulo, SP)
Ajuste fiscal
O ministro Levy cravou economia de 1,2% do PIB como meta a ser alcançada, em torno de R$ 66 bilhões. Discursou para Deus e o mundo. Ofereceram-lhe 0,15%, prontamente aceitos ("Nova meta do governo para este ano admite deficit de até R$ 17,7 bi", "Mercado", 23/7). Uma diferença de míseros 87,5%. Tudo leva a crer que as contas do ministro têm a mesma base de cálculo das contas de padeiro da Petrobras.
Carlos Alberto Bellozi (Belo Horizonte, MG)
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Fui fazer minha compra quinzenal em supermercado de grande rede. Fiquei abismado com o aumento dos preços em 14 dias e, aterrorizado, pensando como será daqui a um mês. Isso é culpa da incompetência e roubalheira no governo federal, com alta de impostos e inflação. O crescimento do desemprego vai resolver a situação? Bem-estar para uns, mal-estar para outros.
Mário A. Dente (São Paulo, SP)
Estupro na USP
Tocante o depoimento do pai da aluna estuprada na USP e, ao mesmo tempo, revoltante a forma como a universidade e seus responsáveis ignoram o assunto ("Um pai devastado","Cotidiano", 24/7). Essa, lamentavelmente, não foi a primeira e não será a última notícia desse tipo. Há muito, a USP deixou de ser uma ilha de excelência para se transformar numa ilha de descaso.
Karla Thais Nobre Abrahão (São Paulo, SP)
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Como professor da USP, sinto-me envergonhado, além de revoltado, com o estupro ocorrido recentemente no campus da capital. O relato do pai da vítima nesta Folha não pode nos deixar indiferentes. É preciso agir já para que o campus tenha uma segurança decente.
Paulo A. Nussenzveig, professor do Instituto de Física da USP (São Paulo, SP)
Pan 2015
A chamada da "Primeira Página" sobre medalhas de ouro do Brasil nos Jogos Pan-Americanos parece item da campanha "nada pode estar bom, vamos só divulgar más notícias" que assola a mídia atualmente ("Maioria dos ouros no Brasil no Pan não tem nível olímpico", 23/7). Em vez de comemorar as medalhas, a Folha faz questão de mostrar os segundos de diferença com marcas mundiais. Ora, os atletas do ouro têm um ano ainda de treinamento e estão muito bem agora, batendo canadenses e americanos.
Dagmar Zibas (São Paulo, SP)
Fernanda Torres
Fiquei emocionado com a crônica "Espíritos", de Fernanda Torres ("Ilustrada", 24/7), texto que é iluminação para os corações sensíveis. Revela a artista inteligente e culta que ela é. Parabéns à Folha por tê-la.
Marco Antônio Vargas (Sorocaba, SP)
Quadrinhos
Não consigo entender quais as mensagens das tirinhas de Angeli, "Chiclete com Banana", e de Laerte, "Piratas do Tietê". Não sei o que querem transmitir, está difícil. É pra rir ou pra chorar?
Ive Maria Falcone Patullo, dentista (São Paulo, SP)