Painel do Leitor
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Lava Jato
Enquanto a Odebrecht e a Andrade Gutierrez criticam a Procuradoria e afirmam que não houve irregularidades contra a Petrobras, partidos políticos apostam na estratégia de desacreditar as ações do Ministério Publico ("Foi um 'espetáculo midiático', afirma defesa da Odebrecht", "Poder", 25/7). Provavelmente o fazem por falta de argumento que possa defender suas já desgastadas imagens no mercado. A pergunta que fica é se haveria maneira de conseguir negócios de vulto na Petrobras fora do cartel.
Sergio N. Assiz (São Paulo, SP)
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Na entrevista do Ministério Público Federal, os procuradores divulgaram a orientação da denúncia criminal contra os executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, em que enfatizaram que a ninguém é dado o direito de agir acima da lei. Todavia, ainda não se viu denúncia das pedaladas praticadas pela chefe do Poder Executivo, que, em flagrante desrespeito, tenta junto ao TCU provocar sua absolvição. Será que a ela será dado o direito de posar acima da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Constituição Federal?
Carlos Roberto Menezes (Belo Horizonte, MG)
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Vejo que ainda compensa viver no Brasil. Prova disso é o juiz Sergio Moro. A sociedade brasileira precisa não só tomar conhecimento sobre a Operação Lava Jato na íntegra como também elogiar o trabalho que vem sendo feito pela Polícia Federal e pelo juiz. Será que temos ideia da pressão que ele deve estar recebendo? Vale a pena reconhecermos e mostrarmos que somos admiradores solidários do trabalho da Polícia Federal e do juiz Sergio Moro.
Sérgio Pires (Vila Velha, ES)
Crise política
A análise de Oscar Vilhena Vieira está correta ("Natureza da crise", "Cotidiano", 25/7). Resta saber se o país resistirá a dois anos de governo de coabitação até a troca do comando nas duas Casas legislativas para uma retomada do presidencialismo de coalizão em 2018 ou se haverá uma crise institucional antes desse prazo por causa da deterioração do quadro político.
Luiz Roberto da Costa Jr. (Campinas, SP)
Ajuste fiscal
Não se combate crise sem reação ("Para reverter clima adverso, governo monta operação", "Mercado", 24/6). A crise já está aqui. Vamos criar mecanismo que, apesar da recessão existente, não impeçam o crescimento, principalmente na agricultura e em áreas essenciais para a subsistência, como abastecimento de energia e de água. A crise vem para nos desafiar. Toda lição traz melhorias e desenvolvimento para quem não desanima.
Paulo Roberto Girão Lessa (Fortaleza, CE)
Miro Teixeira
À Folha ("Seria útil se Eduardo Cunha renunciasse ao mandato", 20/7) o deputado fluminense Miro Teixeira afirma que, quando ministro de Lula, soube do que viria a ser o mensalão. Se Miro Teixeira tivesse denunciado o "orçamentão", não teria havido o mensalão. Por que você não denunciou o embrião do mensalão, Miro Teixeira?
Ney José Pereira (São Paulo, SP)
Fraudes fiscais
Em razão da reportagem "CPI das fraudes fiscais quebra sigilo de empresas" ("Mercado", 17/7), esclareço que meus clientes Silvio Romão e Eziquiel Cavallari são os proprietários das empresas Alfa Atenas Assessoria Empresarial e Planeja Assessoria Empresarial. Silvio e Eziquiel nunca atuaram como captadores de organização criminosa e jamais prestaram serviços à MMC Mitsubishi.
Jeferson Ferreira de Mattos, advogado (São Paulo, SP)
Aborto
Fábio Grotz (Painel do Leitor, 24/7) traz apenas os "direitos reprodutivos das mulheres", silenciando sobre eventuais direitos que os homens também deveriam ter, já que a reprodução é um processo com o concurso de ambos os sexos. A descriminalização do aborto, a prerrogativa de deferir tão só às mulheres a decisão de quem tem o direito de nascer, ignora os outros interesses em jogo: a justa expectativa dos nascituros de vir à luz e o ponto de vista dos homens. O equivalente da descriminalização do aborto seria, sob o prisma masculino, o direito a não pagar pensão a filhos indesejados.
Paulo Maltese (São Paulo, SP)
Colunistas
Fiquei muito feliz ao ler a coluna de Drauzio Varella "Pensamentos mágicos" ("Ilustrada", 25/7). Enfim, uma voz lúcida em meio a crenças de todo tipo. O pensamento mágico está por trás de toda essa onda de conservadorismo religioso, com tantos representantes na política, do uso de mágicas para "curar" doenças, das pessoas que se acomodam diante de situações de injustiça social "porque Deus quis" e do modo de enxergar o mundo negando todo o conhecimento que a humanidade já descobriu e desenvolveu. Continue, por favor, dr. Drauzio, uma voz que nos livre desse mal.
Ângela Mogadouro, professora (São Paulo, SP)
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Impressiona-me a falta de ética do discurso científico adotado pelo articulista, o qual julga as pessoas "simples" como uma comunidade que pode ser domesticada por meio do ensino científico. Ainda que não se concorde com o comportamento social, é necessário compreendê-lo.
Guilherme Mello Ferraz de Siqueira (São Paulo, SP)
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Brilhante a coluna de Ricardo Mioto ("Duplipensar", 25/7). Desmonta a agressiva "pureza" ideológica acadêmica regada a fartos proventos públicos de uns poucos e a falta de lógica de muitos.
Nei Gravina (Rio de Janeiro, RJ)