Painel do Leitor
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Eduardo Cunha
A situação do Brasil continuará terrível em todos os sentidos no segundo semestre. Na área política, os "líderes" da Câmara rejeitam o afastamento de Eduardo Cunha ("Deputados dizem ser contra afastar Cunha da presidência", "Poder", 2/8). O que dizer da idoneidade desses deputados federais e seus seguidores partidários que continuam apoiando o presidente acusado de ser achacador do petrolão, com diversos processos e passado tenebroso de aliado de Collor?
José Lino (São Paulo, SP)
Crise no governo
Janio de Freitas, em seu artigo "Além do previsto" ("Poder", 2/8), acha que sua presidenta Dilma teve uma vitória na reunião com os governadores, porque nenhum a contestou. Ou Janio quer forçar a barra ou desconhece políticos que, como qualquer bom cabrito, não berram.
Kleber de Santana Sales (General Salgado, SP)
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Toda hora vemos petistas e afins condenando a intolerância dos tucanos. Ora, se o governo fosse do PSDB, petistas e seus seguidores estariam nas ruas pedindo o "fim de tudo isso que está aí", paralisando o país com seu conhecido sectarismo. Como não lhes convém, agora posam de legalistas e centrados, o que nunca foram.
Roberto Monteiro, engenheiro (Brasília, DF)
Trânsito em SP
Não existe circulação de pedestres ou ciclistas nas marginais. Também nunca existiu qualquer demanda por parte dos motoristas e motociclistas que circulam por tais vias para que a velocidade fosse diminuída, bem como os antigos limites de velocidade não podiam ser considerados exagerados. Por tudo isso, parece-me que a intervenção da prefeitura nas marginais não traduziu nenhum anseio popular.
Rodrigo Cesar Coccaro (São Paulo, SP)
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Causa estranheza o posicionamento da OAB-SP em relação à redução da velocidade nas marginais. No artigo "Solução midiática", (Tendências/Debates, 1º/8) o presidente Marcos da Costa afirma que a medida foi tomada sem consulta à população. Mas a decisão pela judicialização foi feita sem qualquer comunicação aos advogados e sem embasamento técnico, já que a OAB se recusou a receber os estudos que fundamentaram a medida. O único efeito produzido até agora foi colocar a OAB em posição delicada diante da sociedade. Isso sim é uma ação midiática.
João Biazzo, advogado (São Paulo, SP)
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Há pouco transitando na marginal do rio Pinheiros, presenciei, infelizmente, dois acidentes. Tudo em consequência da exorbitante velocidade de 50 km/h, estabelecida pelos técnicos da Secretaria Municipal de Transporte. Sugiro ao prefeito que a velocidade dos automóveis seja reduzida para 20 km/h. Certo de que serei ouvido, desde já peço que aceite um forte abraço de um munícipe que admira sua capacidade administrativa à frente da maior cidade do país, quase parada, e a sua brilhante atuação no desmonte do MEC.
Humberto de Luna Freire Filho, médico (São Paulo, SP)
Política econômica
Excelente artigo de Samuel Pessôa ("As razões da nova matriz", "Mercado", 2/8). A impressão que fica do malogro intervencionista da denominada "nova matriz econômica" é que ela foi idealizada por intelectuais e economistas que deixaram de realizar uma severa e lúcida crítica da realidade brasileira. Também por causa disso, o governo do PT, nossa última grande utopia, caiu em descrença geral. Até quando seremos vítimas de modelos redentores falhados? Quem é que paga a conta?
Paulo Fernando Campbell Franco (Santos, SP)
Medo da PM
É difícil contestar dados de uma pesquisa, principalmente quando esta vem de uma fonte confiável, caso do Instituto Datafolha. Contudo, no caso da pesquisa divulgada em "Maioria da população diz ter medo da PM" ("Cotidiano", 31/7) há muito que se questionar. Qual a metodologia aplicada, a escolha dos segmentos pesquisados, como se fez a abordagem, a quem interessa o resultado e, sobretudo, o que fazer a partir dele (no caso, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública)? Custa-nos muito acreditar que a maioria da população tenha medo justamente de quem é formado e pago para protegê-la.
Jarim Lopes Roseira, presidente da International Police Association no Brasil (São Paulo - SP)
Gastos na Saúde
Em relação à reportagem "Ação em MG leva governo Dilma a defender tucanos" ("Poder", 2/8) informamos que, entre 2000 e 2012, ano da regulamentação da emenda 29, os investimentos em saúde realizados pelos Estados seguiam as orientações dos Tribunais de Contas estaduais. Minas agiu como todos os Estados. No caso do governo federal, no mesmo período, foram incluídos nos gastos em saúde recursos do Bolsa Família, assistência às Forças Armadas, conservação e recuperação de biomas brasileiros, agricultura familiar (Pronaf), gestão da política portuária e gastos em saneamento urbano. Dados do governo federal, em 2012, indicam que Minas tinha o melhor sistema de saúde pública do Sudeste e o quarto melhor do país.
Magna Alvim, assessora de imprensa do PSDB-MG (Belo Horizonte, MG)
Fanatismo religioso
Um leitor atribuiu como obstáculo à paz entre Israel e seus vizinhos o fato de o Estado judeu ser refém de fanáticos religiosos (Painel do Leitor, 2/8). É uma ideia falsa. O judaísmo ortodoxo não prega a violência. Não há justificativa moral ou religiosa para atos como o ocorrido na parada gay, cujo autor é reincidente, está preso e será julgado. Já o atentado que vitimou o bebê foi classificado por Israel como um ato terrorista e seus autores, provavelmente judeus, estão sendo caçados e serão punidos. O real obstáculo à paz é o não reconhecimento ao direito de existência de Israel pelos países árabes.
José Carlos Carnevale (São Paulo, SP)
Ricardo Teixeira
A entrevista com Ricardo Teixeira ("Não tem a mínima lógica me acusarem de corrupção", "Esporte", 2/8) me fez lembrar da frase de Stanislaw Ponte Preta que dizia que "os valores morais são os únicos que conservaram os preços de antigamente".
Hanna Korich (Mairiporã, SP)
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