Painel do Leitor
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Petrolão
O editorial "Dirceu, de novo" ("Opinião", 4/8) menciona que a multa de R$ 1 milhão imposta a José Dirceu foi paga por 3.972 correligionários, sendo que, na reportagem "Preso de novo, José Dirceu é acusado de liderar esquema" ("Poder", 4/8) somos informados que a consultoria do ex-ministro José Dirceu faturou R$ 39 milhões até fechar as portas neste ano. Isto mostra o caráter deste senhor. Se tivesse um mínimo de respeito aos poucos que ainda lhe apoiam, recusaria as contribuições, visto que possuía dinheiro de sobra para saldar uma multa que lhe foi imposta por uma conduta criminosa. Espero que desta vez seja imposta multa à altura.
Ubirajara Pinhel (Valinhos SP)
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Antes de ser detido, Dirceu disse que não se tornaria um delator, segundo nos revelou Mônica Bergamo ("Ilustrada", 4/8). Tudo bem. Teríamos de lhe dar um crédito de fidelidade, mas, pensando bem, a quem ele iria delatar se foi ele mesmo o mentor dos dois sistemas de corrupção?
Carlos Eduardo Pompeu (Limeira, SP)
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Por que o ex-ministro José Dirceu, do PT, foi preso com base no contexto da investigação da Lava Jato? De repente, os refletores saem das empreiteiras e vão para o obscuro caso do suposto mensalão-petroleiro. Seria uma guinada na operação? Janot, Janot... boa campanha, procurador.
Humberto Miranda do Nascimento (Campinas, SP)
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Brilhante o texto de Carlos Heitor Cony ("Sepulcros caiados", "Opinião", 4/8). Resumiu, com magistrais analogias, o marketing das aparências, do engodo, que promovia a face boa-praça do PT, enquanto a outra, agora desvendada pela Lava Jato, conduzia, na surdina, o país à situação enroscada em que se encontra.
João Carlos Araújo Figueira (Rio de Janeiro, RJ)
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É lamentável que esteja prestes a ser votado no Senado o projeto de lei 131/2015, que retira da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal. Trará prejuízos incalculáveis para o país.
Antonio Augusto Barella (Valinhos, SP)
Marcelo Freixo
Parabéns à Folha pelo espaço aberto ao novo colunista Marcelo Freixo. Ele estreou com um brilhante texto ("Democracia dos excluídos", "Opinião", 4/8), obrigatório para todos os que apresentam um mínimo de preocupação com o futuro do país, especialmente os políticos.
José Roberto Ferreira Cintra (Bragança Paulista, SP)
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Mais um político é abrigado na Folha. A minha assinatura está valendo cada vez menos, já que eu não tenho o mínimo interesse em ler o que os políticos escrevem. São espaços absolutamente desperdiçados. Sugiro ao jornal mudar seu nome para "Gazeta do Senado" ou "Tribuna da Câmara".
Antonio Pedro da Silva Neto (São Paulo, SP)
Fernando Haddad
Com ciclovias, faixas para ônibus e redução da velocidade nas marginais, Fernando Haddad está no caminho certo ("Debate sobre São Paulo hoje não acontece de forma mais democrática", "Cotidiano", 4/8). Resta agora construir novas praças e promover o alargamento de calçadas, abrigar cães e gatos abandonados, combater a poluição do ar e os abusos da sonora, avançar na limpeza do Tietê e do Pinheiros e promover um amplo programa de arborização urbana. Classe média também é povo!
Djalma Weffort (Presidente Epitácio, SP)
Crise da água
"Amadores devem ficar longe da Anac" (Tendências/ Debates, 4/8), mas também da Aneel, da Ana, do ONS etc., pois são eles os grandes culpados da crise da falta de água no Vale do Paraíba paulista, em Minas e no Rio. Não ouviram os avisos do CBH-PS (Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul) emitidos há pelo menos quatro anos, quando havia previsão de seca em 2014/2015.
Luiz de Gonzaga Santos (Paraibuna, SP)
Despoluição do Tietê
A propósito da coluna "Boa notícia", de Leão Serva ("Cotidiano", 3/8), entre 2010 e 2014 a Prefeitura de Guarulhos pôs em operação três estações de tratamento de esgoto, construídas com recursos municipais e federais. Também estabeleceu parceria com a iniciativa privada para complementar as ações de tratamento. Até 2017, cumpridos os termos desse acordo, 80% dos esgotos deverão ser tratados. Guarulhos investe em saneamento e, ao alcançar a meta de 100% de tratamento, o Tietê ficará 4% menos poluído. A decisão de investir em saneamento deve, portanto, ser seguida por todas as cidades da região metropolitana.
Afrânio de Paula Sobrinho, superintendente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Guarulhos (Guarulhos, SP)
Metrô
Sobre o editorial "A sina do metrô" ("Opinião", 4/8), a Folha não explica que a primeira fase da linha 4 foi concluída em 2011, de Luz a Butantã, e já transporta 700 mil usuários por dia. A segunda, iniciada em 2012, teve o contrato rompido na semana passada pelo não cumprimento do cronograma. A PPP da linha 4 é um modelo premiado. A Folha confunde o leitor ao dizer que a PPP não acelerou a construção. O Metrô realiza as obras. A concessionária comprou trens e opera a linha. A Folha também desconsidera, na linha 5, o tempo da obra parada, após reportagem do jornal indicar problemas na licitação, o que não se comprovou.
Adele Claudia Nabhan, chefe do departamento de Imprensa do Metrô (São Paulo, SP)
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É intolerável a inépcia do poder público, que deveria identificar e corrigir os gargalos que geram tamanha morosidade na expansão da rede metroviária. A expansão da linha 2-verde, já licitada, aguarda o início das obras, enquanto enfrentamos o martírio cotidiano no deslocamento na região metropolitana.
Airton Reis Júnior (Guarulhos, SP)
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