Painel do Leitor
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Brasil em crise
Se frei Betto ainda espera resposta do PT para se certificar da ocorrência do mensalão ("No íntimo, eu temo que a presidente Dilma renuncie", "Poder", 9/8) e está "indignado" com o mensaleiro e dublê de consultor José Dirceu, mas acha absurda a sua prisão, provavelmente também acredita em duendes e cegonha.
Adauto Levi Cardoso (Sorocaba, SP)
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A presidente tem, indiscutivelmente, legitimidade eleitoral para o seu cargo ("Ninguém tira a legitimidade do meu voto, afirma Dilma", "Poder", 8/8). O que não tem é legitimidade moral.
Márcio P. Lauretti (Socorro, SP)
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Por que será que a Folha ainda não se convenceu, assim como a oposição, que a presidenta Dilma não deixará o seu mandato após oito meses por falta de razões concretas e objetivas e continua especulando diariamente em suas páginas, inclusive apontando possíveis cenários? Vamos mudar a pauta e deixar a presidenta trabalhar para superar as dificuldades econômicas e políticas em que vivemos, em boa razão, alimentadas pela mídia.
Celso Gualtieri, economista (Belo Horizonte, MG)
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Como advogado, aconselho o Ministério Público a fazer a juntada aos autos das frases de José Dirceu listadas Ruy Castro em sua coluna "Falar demais" ("Opinião", 8/8). Trata-se de uma confissão e de uma grande delação.
Valmir Aparecido Moreira (Araras, SP)
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Brilhante a coluna de Demétrio Magnoli "Guerreiro do povo brasileiro" ("Poder", 8/8). O texto muito bem escrito mostra claramente a linha divisória traçada pela esquerda entre corrupção virtuosa e pecaminosa e que ambas são inaceitáveis na democracia. Termina com um melancólico olhar para o passado que evidencia um fracasso coletivo.
Jussara Helena Beltreschi (Ribeirão Preto, SP)
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Coluna sensacional de Demétrio Magnoli. Espero que o presidente do PT, Rui Falcão, leia com atenção e apareça nos meios de comunicação, como fazia até pouco tempo, para dar voz ao partido combalido e moribundo.
Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)
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Triste saber que o leitor Paulo Henrique Fernandes Silveira, mesmo sendo professor da Faculdade de Educação da USP, não consiga enxergar o que se passa com o Brasil de hoje e com miopia acadêmica julga como um mal o bairro de Higienópolis, um dos pouquíssimos bairros do Brasil que podemos classificar como desenvolvido (Painel do Leitor, 8/8). Talvez o Brasil ideal do leitor fosse uma imensa favela chefiada pelos petistas para que todos os cidadãos pudessem receber festivamente o Bolsa Família.
Ricardo Barrera, engenheiro (São Paulo, SP)
BNDES
A cifra que embasa a reportagem "Subsídio ao BNDES custa R$ 184 bi à União" ("Mercado", 9/8) apresenta uma visão que reflete apenas um dos cenários sobre o impacto dos créditos concedidos pelo Tesouro ao banco. Estimativas feitas pelo BNDES que levam em conta benefícios como o incremento na arrecadação e dividendos pagos ao Tesouro, além de considerar a perspectiva futura de queda da Selic, apontam para resultados diferentes. O BNDES lamenta o fato de não ter sido informado do teor da reportagem e não ter tido, assim, a oportunidade de colocar ao leitor da Folha sua visão sobre o tema.
Fábio Kerche, assessor da presidência do BNDES (Rio de Janeiro, RJ)
RESPOSTA DOS JORNALISTAS ISABEL VERSIANI E DIMMI AMORA - O valor destacado na reportagem é a projeção do Ministério da Fazenda levada em conta nas estimativas para a evolução da dívida pública.
Ministério Público
Leio, com frequência, afirmações como a do senhor Renato Khair (Painel do leitor, 9/8) de que no governo FHC havia um "engavetador-geral da República". Os petistas estão no poder há 13 anos. Por que não desengavetaram os processos tão insistentemente alegado? Ou será que a mentira contada mil vezes acabam se tornando verdade?
Nilza Pereira Rubo, professora universitária aposentada (São Paulo, SP)
Eleição com famosos
Como os políticos estão com suas imagens desgastadas, surgem no cenário radialistas, jornalistas de TV e empresários. Talvez movidos por audiências, almejam se candidatar à Prefeitura de São Paulo, que deveria ser ocupada por pessoas competentes em gestão empresarial, engenharia civil e marketing para gerir a cidade com sucesso. Infelizmente temos poucas opções.
Edgard Hilgendorff (São Paulo, SP)
Dublagem
A preferência por filmes dublados ("6 em 10 brasileiros preferem dublagem", "Ilustrada", 9/8) é só mais uma evidência da dificuldade do brasileiro com a leitura. Dublagem é artificial, às vezes desconectada da cena, horrível! E impede a pessoa fluente na língua original a perceber incoerências na versão para o português. Se for condenada a ver filmes dublados, deixo de ir ao cinema.
Conceição Aparecida Araújo Oliveira (Belo Horizonte, MG)
Educação
O leitor Luiz Carlos Simões de Macedo mostra ser preconceituoso ao dizer que a classe mais baixa "estuda por inércia" (Painel do Leitor, 8/8). Sou pobre, e minha mãe me cria sozinho desde sempre. Estudei em escola pública e passei em várias faculdades públicas. Uma amiga também sem facilidade financeira foi aprovada na UFRJ em quarto lugar, mas não teria como se manter no Rio. Lamentável ver comentário tão pífio e elitista.
Pedro Fernandes Soares (Itaperuna, RJ)
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