Painel do Leitor
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Brasil em crise
Se eu fosse banqueira, diante da alta lucratividade dos bancos, em que pese a tragédia que recai sobre parte expressiva do setor produtivo, eu também não iria querer a saída da presidente da República ("Não há motivos para tirar Dilma do cargo, diz Setubal", "Mercado", 23/8).
Ana Lúcia Amaral, procuradora regional da República aposentada (São Paulo, SP)
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É interessante a entrevista do presidente do Itaú Unibanco. Precisamos de uma reforma política e de uma tributária. Junto da redução dos partidos, é urgente a redução dos juros no país. Em tempos de crise e ajuste fiscal, o ônus fica com os trabalhadores; o bônus, com os bancos. De fato, a quem interessa a ruptura democrática? Traria grande e duradoura instabilidade ao país.
Hélio de Sousa Reis (Guarulhos, SP)
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A instabilidade já está instalada pelo desgoverno, pela ausência dos rumos deste governo. Instabilidade vinda da institucionalização do roubo no âmbito do governo. Estranha essa manchete da Folha, que leva o leitor à falsa noção de que a situação do país é de estabilidade.
Carlos Gomes de Sá (Brasília, DF)
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Roberto Setubal manteria em seu quadro de funcionários um gerente ou um diretor que fez metade do que a Dilma e o Lula fizeram enquanto presidentes?
Maurício Corbini (Limeira, SP)
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Henrique Meirelles, em "Agenda Brasil" ("Opinião", 23/8), identifica a educação como o grande problema para a retomada de um crescimento sustentável. Para que o perfil dos egressos da educação básica alcance a excelência, contribuindo para o país crescer na competência, é preciso enfrentar os problemas recorrentes, atualmente acobertados pelo slogan "Pátria Educadora". Propaganda não educa!
Paulo Fernando Campbell Franco (Santos, SP)
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Roberto Lourenço (Painel do Leitor, 23/8) comenta a falta de isenção do ministro Gilmar Mendes ao ordenar investigação da campanha de Dilma por ter sido nomeado por FHC. Seria o caso, então, de não permitir que os ministros Luiz Fux, Dias Toffoli, Teori Zavascki, Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski participem do julgamento do petrolão porque foram indicados por presidentes petistas?
Miguel Angelo Rodeguero (São Paulo, SP)
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A reportagem "Mesmo denunciado, Cunha conta com séquito de seguidores" ("Poder", 23/8) mostra que o presidente da Câmara dos Deputados arregimentou os 300 picaretas que Lula disse uma vez que sempre fazem parte daquela Casa. Para o governo, ele é uma pedra no sapato. O mais irônico é que sua força advém do fisiologismo praticado pelo Executivo e o Legislativo. Como o texto revela, aliados foram alocados em posições estratégicas nas quais podem trabalhar em favor do peemedebista. Triste, muito triste, para o Brasil.
José Elias Aiex Neto (Foz do Iguaçu, PR)
Antonio Prata
Parabéns ao colunista Samuel Pessôa ("As panelas de Antonio Prata", "Mercado", 23/8), que confrontou fatos incomparáveis relatados por seu colega Antonio Prata ("Por quem as panelas batem", "Cotidiano", 16/8) e mostrou como a esquerda distorce os acontecimentos quando eles não lhes são favoráveis.
Ricardo Barrera (São Paulo, SP)
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Samuel Pessôa acusa Antonio Prata de desonestidade intelectual porque este defende que todas as estripulias devem ser investigadas, e não só as do PT. Uma pergunta ao Samuel Pessôa: A campanha presidencial de Dilma recebeu R$ 64,6 milhões em doação das empresas investigadas pela Operação Lava Jato. A de Aécio, R$ 34,1 milhões. Sinceramente, o sr. acha que só o dinheiro recebido por Dilma é sujo?
Ademar G. Feiteiro, advogado (São Paulo, SP)
Aeroporto de Cláudio
Em Belo Horizonte vigora a "ditadura de Aécio Neves". Não se tem conhecimento de nenhuma irregularidade cometida por ele durante o tempo em que governou o Estado de Minas Gerais. Diz-se que ninguém quer sofrer as consequências de cometer o delito de informar. O que podia ser apenas um disse me disse dos oposicionistas, confirma-se para quem lê o artigo "Inverdades sobre o aerodrómodo de Cláudio" (Tendências/Debates, 23/8).
Anete Araujo Guedes (Belo Horizonte, MG)
Chacina em São Paulo
É inadmissível que um jornal como a Folha, sob o pretexto de fomentar a pluralidade de opiniões, dê espaço para manifestações preconceituosas e desrespeitosas como a do leitor Marcos Sgaraboto (Painel do Leitor, 23/8). Em resumo, ele chama de bandido todos os pobres que morreram num bar de Osasco. Teria ele a mesma reação se a chacina se desse em área nobre de Brasília, onde reside?
Bruna Rigo Leopoldi Ribeiro Nunes (São Paulo, SP)
Girafa é produto?
A pretensão de tributar a importação de girafas pelo zoo de Pomerode ("Mercado", 21/8) é triste não por questões burocráticas, mas porque girafas não são produtos. Zoológicos não são importantes para a conservação ex-situ e em termos educacionais são desastrosos, pois reafirmam o paradigma segundo o qual os animais são objetos para o nosso entretenimento. Por que não substituir essas prisões por construções holográficas dos animais em seus ecossistemas?
Paula Brügger (Florianópolis, SC)
Futebol
Mariliz Pereira Jorge, colunista do caderno "Esporte", considera-se afortunada por estar casada com um homem que não torce para nenhum time de futebol ("Prefiro quem não gosta de bola", 22/8). Além disso, ela acha cafona que, no país do futebol, homens possuírem qualquer objeto relacionado ao esporte, com o distintivo do clube do coração, camisa, toalha, boné ou até um chaveiro. Se ela escreve sobre esporte no maior jornal do país e nem isso a faz se interessar pelo assunto, tenho minhas dúvidas.
Eduardo Jorge Tavares, advogado (São Paulo, SP)