Painel do Leitor
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CPMF
Esse negócio de criar novamente a tal CPMF ("Proposta de nova CPMF prevê alíquota de 0,38%; recriação é criticada", folha.com/no1674385 ) provoca um efeito tão nefasto na sociedade que está até parecendo "fogo amigo" diretamente do Planalto. CPMF na pauta é povo na rua.
José Piacsek Neto (Avanhandava, SP)
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Ecoam como verdadeiro acinte ao povo brasileiro as tratativas intramuros do Palácio do Planalto para restabelecer a cobrança da famigerada CPMF. Esse tributo foi criado por sugestão de um abnegado brasileiro ao tempo em que ocupou o Ministério da Saúde, visando custear parte do orçamento dos programas da pasta. Esses objetivos, no entanto, foram desvirtuados durante o governo da época e seus recursos passaram a custear despesas da Previdência Social e outros esbulhos que somente uma Lava Jato poderia desvendar.
Gilberto Amado Pereira Alves (Brasília, DF)
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Tomo meu café, pego a Folha para ler e, estupefata mais uma vez, leio que o governo da presidente Dilma Rousseff ganha mais tempo para explicar as irregularidades nas contas ao TCU de 2014 ("Governo tem mais 15 dias para resposta a pedaladas", "Poder", 27/8). Mais abismada ainda, vejo que o governo quer buscar recursos para pagar as contas de 2016 enviando uma proposta ao Congresso que recria a CPMF. Vejo que o país está doente e, com as decisões do governo, vai ficar não só doente, mas moribundo.
Creusa Colaço Monte Alegre (São Paulo, SP)
Favelas em SP
A situação econômica e social relatada na matéria "Com crise, favelas ressurgem em São Paulo" ("Cotidiano", 25/8) reforça a importância dos programas habitacionais do governo do Estado. São Paulo é o único Estado que destina 1% do ICMS para habitação, o que permitiu entregar 13.909 unidades na Grande São Paulo desde 2011, onde há mais 31.193 moradias em produção. São Paulo também inova na busca de novas fontes de recursos, como a primeira parceria público-privada do país para a produção de 3.683 unidades no centro da capital.
Marlene de Araujo, assessora de imprensa da CDHU (São Paulo, SP)
Crise da água
Em atenção ao leitor Paulo Affonso Leme Machado (Painel do Leitor, 26/8), a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos esclarece que nunca solicitou abrandamento de exigências ou prejuízo da análise dos órgãos ambientais. O pedido ao Consema é que analise a possibilidade de adotar procedimentos mais céleres, previstos pela legislação ambiental, com o objetivo de, única e exclusivamente, encurtar os prazos de licenciamento, diante do caráter emergencial das intervenções. Com grande apoio da população (83% reduziram seu padrão de consumo), São Paulo tem enfrentado esta que é a maior seca dos últimos 85 anos.
Felipe Neves, coordenador de comunicação da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos (São Paulo, SP)
Educação
É meio patética a defesa de salário acima de R$ 22 mil para professores nas universidades públicas em São Paulo ("O começo do fim", Tendências/ Debates, 27/8). Um dos argumentos é que nas federais se paga mais. O que impede esses professores de tentar ingressar nas federais ou nas universidades privadas? E dizerem que são concursados e doutores também não ajuda muito seus argumentos. Basta ver a relação de candidatos por vaga e a carga de trabalho, em comparação com outras profissões.
Ademir Valezi (São Paulo, SP)
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Não é verdadeira a informação dada por Valéria Nani, da Secretaria de Educação de São Paulo, de que os professores paulistas têm "reajuste anual, por mérito, de 10,5%". A prova, que dá acesso a tal promoção, é trianual e essa promoção atende a um número exíguo de docentes. Isso devido a critérios cada vez mais excludentes impostos pela pasta.
Felipe de Moura Lima, professor (Amparo, SP)
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A Secretaria da Educação deveria, antes de fazer testes com alunos sobre flexibilização das disciplinas, repensar o modelo de escolha de diretores de escolas. Não é possível que bons professores, comprometidos com a aprendizagem de seus alunos, sejam prejudicados por gestores que só se importam com a burocracia, principalmente os designados, cujo único mérito é fazer parte do "cabide de empregos".
Mara Chagas (São Paulo, SP)
Medida socioeducativa
Foi com alegria que li sobre o que Dalmir de Oliveira Júnior se propõe a fazer e faz, de fato, muito bem e para o bem de outras pessoas ("Juiz e seus condenados", "Cotidiano", 27/8). E que ninguém ouse dizer que o juiz de Direito está a despir-se da dignidade de sua toga. Fazendo o que faz, ele está a dignificá-la ainda mais, bem como compartilhando a dignidade ainda mais alta, com jovens que ele mesmo condenou.
Therezinha Kroiss Ferigato (Jundiaí, SP)
Ditadura
O artigo "Corrupção na ditadura" (Tendências/ Debates, 26/8), de José Paulo Cavalcanti Filho, não traz novidades. Evidentemente a corrupção sempre existiu. Mesmo tendo participado da CNV, o articulista ignora que a CGI do regime militar fez uma limpeza nas Forças Armadas, expurgando tanto os inimigos comunistas quanto os suspeitos de corrupção. Quanto ao almirante a que o advogado se refere, ele é investigado por corrupção que teria sido praticada como presidente da Eletronuclear, não como militar. Quando um militar é acusado de corrupção, causa espanto, pois não faz parte da cultura militar ferir a ética.
Paulo Marcos Gomes Lustoza, capitão de mar e guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)
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Sobre o artigo de José Paulo Cavalcanti Filho, é lamentável que esse jornal de grande circulação dê guarida à manifestação desse senhor, que é um mentiroso e desmemoriado.
Adilson Laranjeira, assessor de imprensa do deputado Paulo Maluf (São Paulo, SP)