Painel do Leitor
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Brasil em crise
Os enredos de Dilma soam enfadonhos, a retórica gira, roda e acaba na solução de sempre, a mais fácil: impostos ("Governo dá sinais de que subirá impostos", "Poder", 3/9).
Ricardo C. Siqueira (Niterói, RJ)
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Creio que a presidente Dilma se encontre desprovida de uma governabilidade mínima. Vários fatores corroboram isso. Crises políticas e econômicas, muita gente abandonando o barco, descaso do Congresso, traições cada vez mais visíveis e incompetências estarão a desencadear uma possível renúncia? O conjunto da obra vai nessa direção.
José Orlando de Siqueira (Passos, MG)
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Novamente o PSDB vem com esse papo furado de "deixar Dilma e o PT sangrarem até morrer", a mesma desculpa do passado e que, na verdade, revela covardia e medo de encarar o presidente Lula e adjuntos. O partido deveria agir como um boxeador que, ao ver o adversário grogue, sai para o golpe final e vence por nocaute. Se deixar o adversário ficar em pé, sangrando, ele pode se recuperar e até mesmo vencer.
Laércio Zannini (São Paulo, SP)
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Não entendi por que o mea-culpa da crise atual deveria ser iniciado pela oposição, de acordo com o físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite ("De quem é a culpa?", Tendências/ Debates, 3/9). Deve ser algo ligado à física quântica. Quem gastou fortunas construindo estádios inúteis? Quem distribuiu dinheiro público do BNDES pelo mundo como se fosse água? Quem "privatizou" a Petrobras para seus amigos? Quem saqueou o país? Os culpados são os militares?
Zalman Gift (São Paulo, SP)
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Palavras lúcidas e ponderadas do professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite. Não faltam os que se travestem de santos e desejam o pior para o país, já maculado com a rodriguiana síndrome de vira-lata. Avançamos muito social e democraticamente, mas, diante de uma crise econômica, parece que tudo foi em vão –e isso precisa ser defendido. Certo de que as vozes se levantarão mais ainda contra esse artigo, a esperança é que a caravana-crise passe em breve.
Adilson Roberto Gonçalves (Lorena, SP)
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Uma pessoa que cita que Fernando Henrique Cardoso "esteve em dificuldades iguais às da atual presidente e não renunciou" e "evidencia sua pequenez como homem público e como intelectual" e que culpa praticamente todos nós pela incompetência e corrupção deste governo não pode ser levada a sério. Será que é a conspiração dos fatos? A culpa não é da péssima administração e voracidade do PT, e sim da crise mundial, das investigações, "da voracidade pelo poder e pelo dinheiro..." do Legislativo, da oposição, dos meios de comunicação e, claro, das elites. Em seus 84 anos de vida, parece que Cerqueira Leite não aprendeu nada. É cegueira ideológica.
Elisabete Darim Parisotto (São Paulo, SP)
Menino sírio
A foto da criança morta parece ter despertado o mundo da letargia e da quase indiferença a milhares de refugiados que arriscam a vida em busca de sobrevivência ("Menino morto aviva comoção por refugiados", "Mundo", 3/9). Torna-se o símbolo de pessoas que já trazem profundo sofrimento pelo abandono da sua pátria e pela precariíssima viagem em busca de refúgio. Que o efeito dessa imagem não seja somente emblemático e efêmero.
Ines Vieira Lopes (Campinas, SP)
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A divulgação da imagem foi essencial, pois assim o mundo poderá comover-se e talvez ajudar na proteção dessas crianças. O diretor da Human Rights Watch está mais do que certo ("Diretor de ONG explica publicação de foto da criança", "Mundo", 3/9).
Beatriz Brito Segatti (São Paulo, SP)
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Parafraseando John Donne no livro "Por Quem os Sinos Dobram", de Hemingway: "A morte de qualquer homem me diminui porque sou parte do gênero humano e por isso não me perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti". A criança de três anos morta na praia nos humilha duplamente como parte do falido gênero humano. Eu me senti extremamente diminuído.
Moacyr Geraldo Gabrielli (São Paulo, SP)
Violência na USP
Concordo com o professor José Antonio Visintin, chefe de segurança da USP ("Não há mais tempo para discussão, diz chefe da segurança", "Cotidiano", 3/9). Não adianta ficar, como ele diz, "discutindo, discutindo, discutindo, e os fatos acontecendo". Mais importante que ouvir o diretor da FFLCH ou o diretor do Centro Acadêmico do Curso de Letras é a opinião dos pais cujos filhos frequentam a USP. Esse programa para a ação da PM no campus ("Após crime, PM antecipa operação na USP", "Cotidiano", 3/9) deve ter falhas, sim, mas é preciso colocá-lo em funcionamento, aumentar a segurança e ir corrigindo essas falhas.
Roque Luiz Rodrigues da Silveira (Jundiaí, SP)
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Foi lamentável o que ocorreu na USP ("Estudante é baleado em assalto na USP, "Cotidiano", 3/9). No momento em que o estudante era baleado, eu estava a caminho da aula e vi, de forma atônita, a angústia de um jovem que corria bem próximo e clamava por ajuda. É necessário debater sobre a segurança dos frequentadores da cidade universitária.
Anderson Cirino da Silva, estudante de letras da USP (Arujá, SP)
Atendimento médico
Sobre a nota "Durante cirurgia houve fratura no osso do maxilar, diz leitor" (A Cidade é Sua, 1º/9), o Hospital Cema esclarece que não houve fratura durante a cirurgia de Milton Pereira da Silva, e sim desgaste do osso, conforme comprovado em exames de imagem realizados no pré e pós-operatório, o que inclusive foi devidamente explicado ao paciente em atendimento prestado pelo cirurgião após o procedimento.
Celso Campello Júnior, gerente de comunicação e ouvidoria do Hospital Cema (São Paulo, SP)