Painel do Leitor
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Brasil em crise
Enfim uma análise justa e sem paixão de um petista. Em "Grandeza histórica" ("Opinião", 5/9), o colunista André Singer relembra os encontro promovidos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com os candidatos à sua sucessão diante da crise daquele momento e compara com a atual. A diferença é que hoje temos na Presidência da República uma senhora sem traquejo político e que, a cada crise, se apequena. Dilma Rousseff não aprendeu a dialogar, pois não tem respeito com os interlocutores. A presidente corre o risco de ficar falando sozinha. Além de ser uma crise maior, os atores envolvidos são despreparados e sem compromisso com o Brasil.
Luiz Thadeu Nunes e Silva (São Luís, MA)
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Excelente o artigo "O futuro do Brasil de Levy" (Tendências/ Debates, 4/9), de Mark Weisbrot, bem diferente das arengas que os economistas neoliberais apregoam todos os dias como dogmas. Em vez de austeridade, palavra engendrada por banqueiros e especuladores internacionais, o governo deveria baixar os juros de sua própria dívida –que é, proporcionalmente, seu maior gasto– e investir nos setores sociais, em infraestrutura e segurança. Se ele fica economizando para pagar seus credores, não tem dinheiro para mais nada.
Carlos Frederico Coelho Nogueira (São Paulo, SP)
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A reforma política mais eficaz seria o compromisso de todos os atuais políticos de jamais se candidatar a novos cargos após os seus mandatos. Tal atitude traria um sopro de esperança e seria uma oportunidade para brasileiros desconhecidos manifestarem novas ideias. Os atuais mandatários têm uma imagem desgastada pelas suas atitudes nada republicanas. O povo agradeceria esse gesto de grandeza.
Iria de Sá Dodde (Rio de Janeiro, RJ)
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O artigo "De quem é a culpa?" (Tendências/ Debates, 3/9), do mestre Rogério Cezar de Cerqueira Leite, é uma corajosa aula de bom senso, de sentimento honesto, justo e pacifista. Aceitemos suas ponderações para que a nação brasileira não tenha um futuro de ódios e rancores capazes de produzir guerras fratricidas como se vê pelo mundo afora. Com humor, podemos dizer que ele jogou "espuma de extintor de incêndio" no ventilador.
Bento Coelho Marques de Abreu (São Paulo, SP)
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Fiquei, sinceramente, me considerando um verdadeiro idiota ao ler o que o senhor Rogério Cezar de Cerqueira Leite escreveu. Reluto em me considerar culpado de ineficiência, prepotência, má gestão, roubalheira criminosa, mentiras e engodos. Para a imprensa, que divulga os fatos, os números e as estatísticas, essa relutância deve ser ainda maior ao tentar entender o raciocínio "quântico alquimista" desse senhor. Fica difícil acreditar que uma pessoa, com formação acadêmica dita superior, tenha uma linha de raciocínio crítico tão fantasiosa.
Dimas Iraê de Moura (Uberaba, MG)
Tiroteio na Sé
As mortes na escadaria da Catedral da Sé chamam a atenção pelo rito da inversão ("Tiroteio mata 2 na frente da Catedral da Sé", "Cotidiano", 5/9). Um homem e uma mulher numa cena de ódio, não de amor, na porta da principal igreja da cidade. Um homem com ficha criminal, não um policial, salva a refém. O espaço sagrado da igreja fechado e a sociedade, no inferno das ruas, acompanha ao vivo como está o cotidiano do purgatório no país.
Luiz Roberto Da Costa Jr. (Campinas, SP)
Menino sírio
A imagem de uma criança morta chocou o mundo. E não poderia ser diferente, pois decorre de uma guerra insana provocada pelo fanatismo religioso de um pequeno grupo e pela sede de poder. A total ausência de humanidade por parte dos assassinos sádicos e a indiferença quase que total do mundo para com esta situação só agravam essa tragédia.
Luiz Nusbaum (São Paulo, SP)
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Nós, do 5º ano A da Escola Estadual Professora Vilma Maria dos Santos Carneiro, achamos muito triste o que aconteceu com o garoto Aylan. A tragédia chama atenção para as milhares de mortes de refugiados porque as outras nações não querem recebê-los. Não faz diferença a nacionalidade de alguém neste momento em que refugiados passam por situação tão desesperadora.
Cilene Albuquerque, professora (Guarulhos, SP)
Joel Rufino dos Santos
Joel Rufino dos Santos representou a luta de intelectuais negros pelo estudo e reconhecimento do valor dos descendentes de africanos na história do Brasil ("Historiador Joel Rufino dos Santos morre aos 73", "Ilustrada", 5/9). Sofisticado, recusava análises simplistas, em busca da complexidade e contradições das situações sociais concretas, sempre atento a enxergar o outro. Fará muita falta também pelo espírito aberto e generoso, inspiração a todos que lutam pela justiça social e pelo respeito à diversidade.
Pedro Paulo A. Funari, professor titular do Departamento de História da Unicamp (Campinas, SP)
Futebol
O bandeirinha Fábio Pereira é um exemplo de homem honrado, daqueles que se envergonham dos seus erros e se penitenciam por eles ("'Prejudiquei a competição', diz bandeirinha", "Esporte", 4/9). Quero parabenizá-lo e agradecer pela injeção de fé que ele me deu. Ele fez um gol de placa nos políticos brasileiros.
Marina Scarparo Caldo Cardillo (São João da Boa Vista, SP)
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