Painel do Leitor
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Brasil em crise
A carta aberta de Tito Costa ao seu amigo Lula ("Carta aberta a Lula", Tendências/Debates, 20/9) é um lúcido e oportuno convite à reflexão, sobretudo para os que ainda não reconhecem a corrupção como um delito ético, que chegou ao nível de epidemia nos governos do PT. Essas administrações mostraram, de um lado, a realização do sonho cidadão do país para todos. De outro, uma face oculta, desnudada pela Operação Lava Jato.
JOÃO CARLOS ARAÚJO FIGUEIRA (Rio de Janeiro, RJ)
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A Folha cedeu um espaço nobre para que Tito Costa criticasse Lula. É lícito que qualquer um critique políticos e suas trajetórias, mas qual é a atual luta de Tito Costa, político hoje sem mandato? Basta uma rápida busca na internet para saber que sua luta hoje é para desalojar índios guarani de sua minúscula terra perto do pico do Jaraguá, em São Paulo. Terra já reconhecida como área indígena pelo Ministério da Justiça, mas que dela Tito Costa reivindica 83 hectares.
DORIVALDO SALLE DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)
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É bonita a carta de desabafo do ex-prefeito Tito Costa a Lula. O seu projeto de Brasil levaria Lula automaticamente a um projeto de poder no país. Era só aguardar, ser honesto e seguir o caminho de um estadista. Mas sua ambição levou-o a um projeto irresponsável e nada patriótico.
ARCANGELO SFORCIN FILHO (São Paulo, SP)
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Todos vemos as manobras do governo federal para vencer a crise. Nenhuma delas, no entanto, prevê o corte dos comissionados, o que significa grande parcela dos gastos públicos. A máquina pública está viciada e só funciona na base do dinheiro. A corrupção consome cada vez mais o poder de compra dos brasileiros.
JOÃO COELHO VÍTOLA (Brasília, DF)
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Qualquer pessoa em sã consciência sabe que não há mais condições de a presidente Dilma Rousseff continuar no comando do país até 2018. Seria o fim do Brasil, que já conta com falta de credibilidade lá fora e internamente. O PMDB não vai apoiar o pedido de afastamento de Dilma? Não é a hora de abandonar seus interesses e lutar a favor do Brasil, pelo menos desta vez?
MYRIAN MACEDO (São Paulo, SP)
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Minha filha de sete anos ouviu de colegas na escola que Dilma roubou. Eu disse a ela que não há evidências disso, mas que pessoas próximas da presidente estão sendo investigadas por roubo. Minha filha disse, então, que Dilma deveria tê-las alertado para que não roubassem. Respondi dizendo que, possivelmente, Dilma não tinha conhecimento dos desvios. A pequena retrucou afirmando que Dilma, como presidente, tem obrigação de saber de tudo o que as pessoas de seu círculo fazem. Ela tem mais noção da responsabilidade de um presidente do que Lula e Dilma têm.
RODRIGO ENS (Curitiba, PR)
Habeas corpus
A respeito de informação publicada na nota "Operação HC", da coluna Painel ("Poder", 20/9), os advogados que atuam no caso esclarecem: 1) Jamais receberam garantia de que alguma medida jurídica seria concedida; 2) A nota sustenta-se em premissa falsa, pois o juiz que comanda a Lava Jato negou pedido do Ministério Público Federal para a decretação de nova prisão de Otávio Marques de Azevedo; 3) A informação é tentativa de impor pressão e constrangimento ao Judiciário, que certamente não se intimidará; 4) A defesa reitera sua convicção na ilegalidade das prisões preventivas decretadas.
ROBERTO TELHADA, Juliano Breda e Jacinto Coutinho, sócios dos escritórios Roberto Telhada Advogados, Breda Advogados Associados e Miranda Coutinho, Carvalho & Advogados (São Paulo, SP e Curitiba, PR)
RESPOSTA DA JORNALISTA VERA MAGALHÃES - A coluna mantém as informações publicadas. Sobre o pedido de prisão do executivo Otávio Marques de Azevedo, leia abaixo a seção "Erramos".
Publicidade estatal
A Folha continua omitindo, em editorial e em reportagens sobre publicidade do governo do Estado em revistas do Grupo Doria, o nome de outros anunciantes, privados e públicos, cujas agências de publicidade também decidiram, por critérios técnicos, publicar nas mesmas revistas, submetendo-se aos mesmos preços de tabela. Esses nomes já foram fornecidos duas vezes à reportagem do jornal, mas não publicados. Estão entre eles Correios, Banco do Brasil, Apex, Embratel, Sebrae, JBS, Vivo, Fiat, Volkswagen, BMW, Brastemp, CNI, Fiesp, EMS, Nestlé, 3M, governos dos Estados de Pernambuco, Minas Gerais e Goiás e prefeituras de Campinas e Salvador. Segue agora a terceira tentativa de fornecer a lista aos leitores.
PAULO ANDRÉ AGUADO, assistente técnico de gabinete da Subsecretaria de Comunicação do governo do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
Doações a campanhas
O ministro do Supremo Gilmar Mendes não se notabiliza pela rapidez de suas decisões. Demorou 17 meses para definir seu voto a respeito da doação de empresas para campanhas eleitorais. Também exagerou ao reagir com extrema falta de educação contra um representante da OAB. Rudemente recusou-se a ouvir fala de advogado da OAB, autorizada pelo presidente da corte.
SYLAS JOSÉ FERREIRA (Araxá, MG)
Parabéns ao ministro Gilmar Mendes por seu voto histórico e corajoso, no qual denunciou a cleptocracia do PT. O furor contra o juiz demonstra que a sua denúncia foi no cerne da questão.
ULF HERMANN MONDL (Florianópolis, SC)
Casamento
É ótima a coluna de Tati Bernardi ("Quem casa quer... encher o saco", "Cotidiano", 18/9). É um saco esse negócio de os "pombinhos" quererem que os amigos custeiem as despesas de um casamento que geralmente sai caro. Com o aumento da crise, a cada dia é inventada uma nova e ridícula modalidade de achaque.
SALETTE CARVALHO (Brasília, DF)