Painel do Leitor
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Brasil em crise
Causa-me espanto a desfaçatez com que o peemedebista Moreira Franco critica os equívocos do governo, e o faz somente agora que a "vaca foi pro brejo" ("O acúmulo de equívocos do governo é algo bárbaro", Entrevista da 2ª, 21/9). Será que ele não se deu conta de que o seu protegido Temer, o seu partido e ele próprio compuseram o tal governo? Por que não botou a boca no trombone no ano passado, quando a gastança pública para reeleger a chapa PT-PMDB corria solta?
LAFAETI TOMASAUSKAS BATAGLIA (Sertãozinho, SP)
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Enquanto desfrutam das benesses, os políticos são apoiadores irrestritos do governo. Quando perdem a boquinha, saem jogando pedras e falando bobagens. Moreira Franco não é diferente. Foi vice-presidente da Caixa Econômica, promovido a ministro e estava tudo muito bom. Quando perdeu o lugar e como o governo enfrenta dificuldades, aparece criticando e sugerindo ao seu partido abandonar a presidenta. Sempre foi e continua sendo um grande oportunista.
CELSO GUALTIERI (Belo Horizonte, MG)
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Está muito claro que hoje há uma armação orquestrada para desestabilizar e inviabilizar o atual governo, que, embora tenha sido eleito por uma margem pequena de votos, levou. Senhores Gilmar Mendes, Eduardo Cunha, Aécio Neves, respeitem a nossa lei maior, à qual vocês fizeram juramento em suas posses: "Todo poder emana do povo".
JAIRO F. F. SANTOS (Areias, SP)
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Equivoca-se Geraldo Alckmin ao afirmar que as pedaladas fiscais são motivos frágeis para ao impeachment de Dilma, pois poderia fragilizar governos futuros ("É preciso haver denúncias consistentes para impeachment, diz Alckmin", folha.com/no1684481 21/9). Ele abre uma brecha para que os governantes encontrem saída para o mau uso do dinheiro público. Além disso, se confirmadas, as pedaladas também foram para iludir o eleitorado.
FRANCISCO MANOEL DE SOUZA BRAGA (Rio Claro, SP)
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Caro Tito Costa, é lamentável imaginar que o seu "amigo" Lula, ao ler sua carta ("Carta aberta a Lula", Tendências/ Debates, 21/9), tenha dado uma risadinha e pensado: "Que ingênuo ou patriótico ele foi ou está sendo".
CLÁUDIO ROBERTO DE BARROS JÚNIOR (Ponta Grossa, PR)
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O editorial "Radiografia do gigante" ("Opinião", 20/9), lembrando o paquiderme do Estado, complementa o artigo de Elena Landau "É hora de privatizar" (Tendências/ Debates, 17/9), expertise que os gestores do Programa Nacional de Desestatização emprestaram a alguns Estados na implantação dos Programas Estaduais de Desestatizações, em sintonia com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
ARNALDO MONTENEGRO (São Paulo, SP)
Gastos no Judiciário
Interessante a notícia "Justiça gasta R$ 3,8 bi com 'penduricalhos'", "Poder", 21/9) às vésperas da análise do veto ao reajuste dos servidores do Judiciário. Os juízes não, mas os servidores estão sendo massacrados há nove anos por uma política de desvalorização com apenas 15% de reajuste desde 2006. Basta de injustiça.
LUIZ MARCELO DA SILVA ANTUNES, técnico judiciário (Rio de Janeiro, RJ)
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Os cortes não podem se limitar ao Executivo. Devem estender-se também ao Legislativo e ao Judiciário, onde estão as maiores mordomias e os maiores privilégios. Pode parecer um sonho, mas o corte do número de deputados e senadores, assim como suas mordomias infindáveis e os inaceitáveis privilégios do Judiciário, com seus auxílios ofensivos ao cidadão comum, devem fazer parte desses cortes. Até agora, não ouvi nada sobre isso, fala-se só de cortes no Executivo.
NICOLA GRANATO (Santos, SP)
Homem-mulher
É vergonhoso saber que um grupo, mesmo pequeno, protestou em frente ao Sesc Vila Mariana por causa da presença da filósofa Judith Butler, que há décadas se dedica às questões de gênero ("Sem medo de fazer gênero", "Ilustríssima", 20/9). Por que algum dos "manifestantes" não participou do debate? Essa gente não aceita debater, quer só impor, eternamente, as suas verdades –mesmo que elas signifiquem a perpetuação do preconceito e da violência.
LEANDRO VEIGA DAINESI (Lorena, SP)
Belo Monte
Não digeri, com toda a honestidade intelectual que envolve ser professor da USP, a proposição do professor Ricardo Abramovay de que a solução "Belo Monte" seja da Idade da Pedra ("Belo Monte, a Idade da Pedra", Tendências/ Debates, 20/9). O professor está propondo que se abandone a opção de gerar energia de origem hidrelétrica?
JOSÉ ANTONIO LEROSA DE SIQUEIRA, professor-doutor da Escola Politécnica da USP (São Paulo, SP)
Uber
É estranho que a Folha não discuta não o sistema e sim a empresa (Uber). Prometer salário de "R$ 7.000 por oito horas de trabalho sem patrão" em momento de crise é o que se pode chamar de propaganda enganosa ("Proibido?", "Cotidiano", 21/9). Quem trabalha na área há anos sabe disso. Se a ideia é tirar carros da rua, colocar 30 mil me parece outro equívoco. Como a Folha reserva tanto espaço para isso?
ADILSON AMADEU, vereador pelo PTB-SP (São Paulo, SP)
Futebol
A foto na capa de "Esporte" é lamentável. Ídolo do Corinthians, Jadson festeja gol simulando ter arma nas mãos, "matando" enquanto corria. Que exemplo dá a seus filhos e demais torcedores mirins?
CINTIA DE SOUZA CLAUSELL, socióloga (São Paulo, SP)