Painel do Leitor
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Brasil em crise
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirma que não vê indícios que sugiram o impeachment da presidente Dilma Rousseff, visto que "ninguém nunca ouviu dizer que ela tenha furtado uma caneta Bic" (Entrevista da 2ª, 28/9). Não somente os ladrões como também os incapazes e os incompetentes devem ser afastados de cargos diretivos.
MAURÍLIO POLIZELLO JÚNIOR (Ribeirão Preto, SP)
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Muito interessante a manchete "Recessão empurra classe média para trabalho autônomo" ("Primeira Página", 28/9). Já vi isso em 1966 e em várias outras oportunidades. E quando toda a classe média montar seu carrinho pipoca no circo, quem vai comprar a pipoca? A classe baixa? Ou aí aparece a "mão invisível" e resolve tudo? O que não falta no Brasil são "mãos invisíveis."
CARLOS GONÇALVES DE FARIA (São Paulo, SP)
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O PMDB sempre foi um partido fisiológico que se mantém no poder há anos em troca de cargos ("Kassab faz nova ofensiva para rivalizar com PMDB", "Poder", 28/9). Agora, com a situação difícil do país, tenta sair como salvador da pátria e romper com o governo. A presidente Dilma Rousseff sabe o seu preço e oferece, além de tudo o que já deu, o Ministério da Saúde e quatro outras pastas. O leilão de negócios foi instalado. Agora resta saber se o PMDB vai bater o martelo.
MELCHIOR MOSER (Timbó, SC)
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A entrevista de Kim Kataguiri me fez concluir que o país está mesmo perdido ("Eu também poderia ter pedido saída de Lula e FHC", "Poder", 27/9). O moço não tem condições de abordar assuntos que fazem dele o líder de um movimento que pretende derrubar um presidente. É um garoto perdido, que está sendo usado pelos políticos opositores que ele mesmo mencionou.
MARCELO JOSÉ DE SOUZA (São Paulo, SP)
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Triste ver mente esclarecida como a de André Singer tentar explicar o injustificável ("Corrupção e impedimento", "Opinião", 25/9). Níveis de corrupção que lemos na mídia, de bilhões (chegar-se-á a trilhões?), volúpia em aumentar a gigantescamente asfixiante carga tributária, que devora e sepulta perspectivas de melhora do nosso nível de vida, taxas de desemprego inaceitáveis, câmbio e juros estratosféricos e ajuda a países bolivarianos, mesmo ante a penúria de nossas finanças, são temas que merecem profunda reflexão do governo federal. Impedimento ou não, 200 milhões de brasileiros precisam já de uma gestão mais profissional, justa e eficiente.
SALVADOR PARISI (São Paulo, SP)
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Samuel Rosa, gosto muito do Skank, mas você está muito desatualizado ao concordar com o que está aí, principalmente na educação e na saúde, que são a vergonha do país ("O mau aluno", "Mônica Bergamo", 27/9).
ALBERTO APOLINÁRIO (São Paulo, SP)
Viagens de Aécio
São bem-vindos o editorial "Asas de um tucano" ("Opinião", 28/9) e a opinião de Vilma Amaro (Painel do Leitor, 25/9), mas acho que ironia e escárnio têm limites. Com todo o respeito, não é plausível usar dois pesos e duas medidas para condenar o fato de Aécio visitar a filha que mora no Rio, uma vez por mês, e não censurar Dilma por se servir do avião oficial para visitar o neto no Sul ou ministros por usarem aviões da FAB, pagos pelo contribuinte, para visitar filhos em outros Estados. Quanta hipocrisia! Sugiro abolir os voos de Estado.
Lucília Peres Almeida (Belo Horizonte, MG)
Educação
Inconformada com os elogios da Folha ao projeto de reorganização das escolas estaduais ("Escolas mais dedicadas", "Opinião", 26/9), a presidente da Apeoesp distorce informações e mostra não conhecer a proposta (Painel do Leitor, 27/9). Escolas de ciclo único têm resultado 10% superior ao das demais. A redistribuição de alunos respeitará o módulo de estudantes por sala e o limite de distância de 1,5 km das residências. Dados da Fundação Seade mostram que, nas escolas estaduais, há 2 milhões a menos de alunos do que em 1998.
RONALDO TENÓRIO, assessor de imprensa da Secretaria de Educação do Estado (São Paulo, SP)
Servidor público
Funcionário público que se aposenta e continua a trabalhar recebe abono enquanto o cidadão comum que se aposenta e continua na ativa tem que se desaposentar ou pagar uma taxa ("Extinção do abono ameaça esvaziar órgãos públicos", "Poder", 27/9). Regime de castas?
JOSÉ FRANCISCO MANISCALCO (Marília, SP)
Refugiados
Todo país tem o direito de saber quem são as pessoas que cruzam suas fronteiras, como defende o embaixador da Hungria no Brasil, Norbert Konkoly ("A crise migratória na Europa", Tendências/ Debates, 28/9). O problema na Hungria é quanto à forma como isso tem sido feito. Por que não vimos as mesmas cenas de agressão e maus-tratos em países que receberam muito mais refugiados que a Hungria? Só faltou ele defender a conterrânea Petra Lazlo pela forma "carinhosa" com que recebeu os refugiados.
WERNER MITTEREGGER (São Paulo, SP)
Câncer
Muito boa a matéria "Infecções são causa de 30% das internações de quem tem câncer" ("Saúde", 28/9). Uma pena não terem sido abordados os aspectos preventivos através da vacinação de pacientes oncológicos, importante recurso de promoção de saúde e prevenção de doenças. Há calendários específicos para eles.
RENATO KFOURI, médico e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) (São Paulo, SP)
Vaga para deficiente
Boa a reportagem "Motorista avança sobre vaga de deficiente" ("Cotidiano", 28/9). São pouquíssimas as pessoas que, como eu, respeitam essas vagas.
REINALDO ROJO (São Paulo, SP)