Diretor caiu em contradição ao depor em CPI
O diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, caiu em contradição ao depor, nesta quarta (29), na CPI mista que investiga denúncias de corrupção na estatal.
No início da sessão, o relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), perguntou se Cosenza "manteve contatos ou relações comerciais" com Paulo Roberto Costa depois que ele saiu da Petrobras.
Cosenza negou. Depois, porém, disse ter falado cinco vezes com seu antecessor desde que ele saiu da companhia: três por telefone e duas pessoalmente.
Interpelado, Cosenza argumentou ter entendido que a pergunta era se ele tinha contato com Costa antes de substituí-lo na diretoria. Disse ainda que o procurou para tirar dúvidas sobre a função que ocuparia e que, antes das denúncias, nunca tinha ouvido falar em irregularidades na Petrobras.
Costa é apontado pela Polícia Federal como o principal operador de esquema de corrupção na estatal que teria movimentado R$ 10 bilhões.
Cosenza, que atua na Petrobras desde 1975, negou ter assumido a diretoria de abastecimento por indicação política.
Questionado sobre ter sido citado numa conversa entre o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) e o doleiro Alberto Youssef, preso na Lava Jato, o diretor afirmou não conhecê-los.