Qatar hospeda petista em suíte de R$ 30 mil
Despesas em hotel cinco estrelas são custeadas pelas autoridades locais, diz assessoria
Convidada especial da família real do Qatar, a presidente Dilma Rousseff recebeu um bom agrado: passou a noite desta terça-feira (11) numa suíte cuja diária custa, pelo menos, R$ 30 mil.
Segundo o hotel, Dilma ficou em uma das duas suítes presidenciais com 700 m² distribuídos em dois andares e vista para o Golfo Pérsico.
A presidente e sua comitiva --a filha Paula e cerca de outras 15 pessoas-- foram instaladas no Hotel St. Régis, um dos cinco estrelas mais luxuosos e premiados de Doha, capital do Qatar.
Todas as despesas da estadia, segundo a assessoria da Presidência da República, foram custeadas pelas autoridades locais.
Dilma foi convidada a passar a noite na cidade antes de seguir para uma reunião do G20 na Austrália. Nesta quarta-feira (12), ela se encontra com o emir do Qatar, Tamin Bin Hamad Al-Thani.
País com a maior renda per capita do mundo, o Qatar faz obras modernas em meio a acusações de trabalho em condições degradantes e um sistema político com pouca participação popular.
No emirado, 15 dos 45 membros da Assembleia Nacional são indicados diretamente pelo emir e os outros 30 são escolhidos pelo voto.
A eleição deveria ter ocorrido em 2013, mas foi suspensa por tempo indeterminado após a abdicação de Hamad bin Khalifa al-Thani em favor de seu filho, Tamin.
O país não permite a existência de partidos políticos e a imprensa, em grande parte financiada pelo governo, sofre de autocensura.
O emirado também é acusado pelas condições quase escravas de seus imigrantes, em especial os que trabalham em grandes obras como as da Copa do Mundo de 2022.
No ano passado, a Organização Internacional do Trabalho denunciou que 44 nepaleses morreram em dois meses por más condições de trabalho. Eles tinham os salários retidos, passaportes confiscados e água negada pelos empregadores.