Escândalo na Petrobras
Dilma deve definir logo sua equipe econômica
Auxiliares querem que ela apresse anúncio para tirar foco da Petrobras
Para assessores, escolha dos demais ministros precisa esperar nova fase da Lava Jato, que deve implicar políticos
A presidente Dilma será aconselhada por sua equipe a tomar medidas para mudar a agenda do governo, como anunciar o mais rápido possível sua nova equipe econômica, para evitar ficar presa ao escândalo da Petrobras.
Segundo a Folha apurou, além de definir o substituto de Guido Mantega (Fazenda), assessores avaliam que a presidente deveria agendar encontros com empresários para discutir ações destinadas a fazer o país voltar a crescer.
Dilma também deveria, na avaliação de assessores, deixar a escolha dos novos ministros que vão preencher as cotas partidárias de sua base para fevereiro ou março.
Segundo um assessor, seria preciso aguardar a definição da eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados e a nova fase da Operação Lava Jato, que atingirá deputados e senadores.
Um auxiliar diz que Dilma não pode correr o risco de nomear um ministro e depois demiti-lo ao descobrir que ele ou alguém que o tenha indicado esteja na lista de investigados no processo.
Dilma chegou no início da noite desta segunda-feira (17) da viagem à Austrália, onde participou da reunião do G20.
Nesta terça-feira (18), vai retomar as conversas com sua equipe. Há uma previsão de reunião nesta semana com o ex-presidente Lula.
Para seus assessores, agora Dilma só deveria nomear a equipe econômica (Fazenda, Planejamento, BC) e os ministros palacianos (Casa Civil, Secretaria-Geral, Relações Institucionais). O ideal é que ela evite trazer a crise da Petrobras para o Planalto e retome as inaugurações pelo país.