Outro lado
Sócio majoritário nega que lobista atue em empresa
Sócio majoritário da Petroenge, o engenheiro Guilherme Mendes Spitzman Jordan diz que a empresa "não foi e nunca será" de Fernando Soares, o lobista Fernando Baiano. Ele afirma que a firma jamais se beneficiou de ligações políticas para obter contratos com a Petrobras.
Em 2011, de acordo com Jordan, a Petroenge procurou investidores interessados em adquirir parte minoritária de suas ações. Foi quando a Hawk Eye, que tem Fernando Baiano como sócio, comprou 18% da companhia.
O executivo afirma que "não há ingerência" por parte de seus sócios na administração da Petroenge. "Pra você ter uma ideia, ninguém [da Hawk Eye] nunca foi lá", diz.
Segundo o executivo, a Petroenge possui contratos com a Petrobras desde o ano 2000, um ano após sua fundação -- nos registros da estatal, o primeiro data de 2007. "Nossos contratos são todos com a diretoria de Exploração e Produção, que não tem absolutamente nada a ver com o que está acontecendo", conclui.
O advogado Mário de Oliveira Filho, que defende Soares, diz que seu cliente não teve a menor influência nos contratos obtidos. "Todos os contratos foram conseguidos por meio de licitação. Não tem como fraudar. É um sistema de pregão eletrônico, o Petronet. As ofertas de preço são feitas em tempo real."
Procurada, a Petrobras não quis se manifestar.