Graça Foster mentiu na CPI, acusa oposição
Ela negou que estatal soubesse de apuração
A presidente da Petrobras, Graça Foster, não revelou à CPI mista que a estatal foi informada sobre descobertas do Ministério Público holandês de que funcionários da empresa receberam propina da SBM Offshore. A oposição a acusa de mentir em 11 de junho, quando esteve no colegiado.
Na ocasião, Marco Maia (PT-RS) perguntou se a Petrobras estava respondendo a alguma "ação no exterior ou no Brasil por conta dessa denúncia". Graça negou.
Em 27 de maio, 15 dias antes, a Petrobras havia recebido uma carta enviada pela SBM, fornecedora de plataformas, avisando que o Ministério Público holandês tinha informação de que "foram pagos valores a empregados da Petrobras por meio do representante no Brasil".
Na CPI, Graça disse que a apuração interna, entre entre fevereiro e abril, não havia descoberto irregularidades.
Só nesta segunda (17) ela anunciou que a estatal tinha conhecimento dos elementos da investigação internacional. "Imediatamente mesmo, informamos à SBM que ela não participaria de nenhuma licitação conosco".
"Lamento dizer que a presidente Graça Foster mentiu nessa CPMI", disse Antônio Imbassahy (PSDB-BA).
Procurada, a Petrobras diz que a SBM não confirmou o pagamento de propina, como diz o Ministério Público da Holanda. Conclui, dizendo que, ao receber a carta da ex-fornecedora, a repassou às autoridades competentes. Diz ainda que não reabriu investigação interna após as informações passadas pela SBM.