Juiz prorroga prisão de lobista ligado ao PMDB
Fernando Baiano refuta à PF ligação com o partido
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela operação que apura fraudes em licitações da Petrobras, prorrogou por mais 30 dias, na noite desta sexta (21), a prisão do lobista Fernando Soares, ao converter sua prisão de temporária para preventiva.
Mais conhecido como Fernando Baiano, ele prestou depoimento à Polícia Federal na tarde desta sexta, na Polícia Federal em Curitiba. O lobista tem sido apontado como o elo entre as fraudes em licitações na estatal e o PMDB.
Ao justificar a prorrogação da prisão, que venceria neste domingo, Moro escreveu que grande parte do esquema permanece encoberto.
Segundo o site do jornal "O Estado de S. Paulo", o lobista afirmou à PF no depoimento desta sexta que começou a fazer negócios com a Petrobras ainda no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), por volta do ano 2000.
Na época, ele intermediou a contratação de uma empresa espanhola, a Union Fenosa, em um contrato de manutenção de termelétricas. Ele também disse à PF, segundo o site, que comprou uma lancha por R$ 1,5 milhão de um ex-presidente da Andrade Gutierrez.