Outro lado
Campanha e empresa dizem que serviços foram prestados
A coordenação financeira da campanha de Dilma Rousseff e o dono da UMTI, Davi Unfer, afirmaram que os serviços foram prestados.
Segundo o PT, eventual problema de documentação da empresa não diz respeito à campanha. "Ele foi contratado, prestou serviços, emitiu nota e recebeu por isso."
O coordenador financeiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, afirmou que "todas as contratações de empresas foram feitas mediante cotações de preços tendo como base fornecedores que prestaram serviços em campanhas passadas".
Unfer afirmou que sua equipe cumpriu expediente em Brasília das 8h às 21h durante a semana, e das 8h às 18h nos finais de semana. "Nunca tinha feito um projeto tão cansativo."
Sobre a sede de sua empresa, ele disse que tentou instalá-la em um centro empresarial de Florianópolis, mas descobriu só depois que o prédio não teria alvará e que, com isso, ele não poderia emitir notas naquele endereço.
Ele afirmou ainda ter adotado o endereço comercial por orientação do contador.
Sobre a autorização para emissão de notas fiscais somente agora, sendo que a empresa está ativa para a Receita Federal desde 2003, ele disse que efetuou trabalhos anteriores no Rio Grande do Sul, todos com nota fiscal.
A Prefeitura de Santa Cruz do Sul (RS) afirmou que a empresa pagou tributos sobre serviços realizados até 2013.
Sobre o real número de computadores locados para a campanha, apesar de dizer que foram em torno de 40, ele afirmou que seria difícil precisar o número porque à vezes surgia "uma demanda aqui e outra ali".
Diante da insistência da reportagem, ele disse que poderia olhar o contrato, mas que aí estaria "descumprindo um termo de sigilo". A campanha do PT diz que Unfer forneceu, entre outros, 81 computadores, 30 impressoras e seis funcionários para o comitê.