Assembleia paulista aprova R$ 205 bi de receita para Alckmin
Orçamento do Estado para 2015 prevê arrecadação 8,2% maior que a esperada para este ano, de R$ 189 bilhões
Bancada do PT votou contra o relatório; emendas apresentadas pelo partido foram rejeitadas no plenário
Em sessão parlamentar marcada por desentendimentos entre as bases aliada e oposicionista, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na madrugada de sexta-feira (19) o Orçamento do Estado para 2015.
Como proposto pelo governo, a receita total aprovada foi de R$ 204,6 bilhões, 8,2% maior do que a orçada para este ano, de R$ 189 bilhões.
A bancada do PT, de oposição à administração estadual, votou contra o relatório, mas posicionou-se a favor das emendas apresentadas pelo partido, que foram rejeitadas na votação final.
"Queremos um Orçamento mais descentralizado e humano. Não foi considerado o diálogo com a sociedade", criticou o deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT).
Para votar a proposta, as bases aliada e oposicionista fecharam acordo e, em apenas dois dias, derrubaram dez vetos do governador e aprovaram mais de 20 projetos.
O acordo também envolveu aprovação de emenda aglutinativa ao relatório final, que remanejou R$ 33 milhões da proposta originalmente enviada pelo governo estadual.
O texto aprovado destina R$ 63,5 bilhões para as secretarias da Educação, da Saúde e da Segurança Pública, o que equivale a um terço do total.
Com votos contrários das bancadas do PT, PSOL e PDT, a Assembleia Legislativa também aprovou na noite de quinta-feira (18) as contas do governador Geraldo Alckmin (PSDB) relativas a 2013.
No dia anterior, a Casa Legislativa havia autorizado o aumento de 4,7% no salário do tucano, que, a partir de janeiro, passará de R$ 20.662 para R$ 21.631.
POETA
Anfitrião da cerimônia de diplomação do governador, realizada nesta sexta (19), o presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) São Paulo, Antonio Mathias Coltro, chamou atenção pelo discurso pouco usual.
Na abertura da solenidade, o magistrado disse que não pretendia ser cansativo e pediu licença para declamar "Tempos Modernos", música de autoria do cantor Lulu Santos, a quem chamou de "poeta". A leitura arrancou alguns risos da plateia.