Peemedebista defende atuação de evangélicos
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou nesta sexta-feira (13) que esteja "bancando" propostas de interesse de religiosos e defendeu que é "preciso parar de discriminar a atuação de deputados evangélicos porque têm os seus projetos e são atendidos igual aos outros no regimento".
Evangélico, Cunha afirmou que o desarquivamento de projetos que são contrários a bandeiras progressistas, principalmente de movimentos gays e feministas, cumprem exigências regimentais.
"Já recriei e recriarei várias comissões especiais de diferentes projetos em tramitação conforme prevê o regimento. É muito estranho só falarem da recriação das comissões pedidas por deputados evangélicos", afirmou, no Twitter.
O peemedebista disse que há preconceito contra a bancada evangélica. "Ninguém fala deputado católico, espírita. Mas fala sempre evangélico. Isso é discriminação pura e agride a laicidade do Estado".
Depois de sustentar que não colocaria em votação nenhuma proposta para liberar o aborto, o peemedebista lançou mão de um pacote em defesa da heterossexualidade.
Ele autorizou, por exemplo, a criação de uma comissão especial para discutir um projeto intitulado "Estatuto da Família".
O texto define família apenas como união entre homem e mulher e, na prática, pode proibir a adoção de crianças por casais gays. Defendido pela bancada evangélica, que tem 80 dos 513 deputados, a proposta começou a ganhar força em 2014, mas foi barrada por manobras regimentais do PT.