Ato contra eleição de Eduardo Cunha reúne cem pessoas em SP
Uma "Comissão Extraordinária de Direitos Humanos" foi convocada no sábado (21) na praça do Patriarca, no centro de São Paulo, em reação à eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara.
Composta por ativistas e organizações de direitos humanos, além de poucos deputados, a manifestação queria alertar para a escalada conservadora no Congresso, segundo os organizadores.
No ato, que reuniu pouco mais de cem pessoas e foi prejudicado por falhas no som, o deputado foi escorraçado como adversário dos direitos humanos e das minorias.
Laerte Coutinho, cartunista da Folha, dirigiu o ato, que teve entre os oradores ativistas LGBT, do movimento negro, e religiosos. Também participaram os deputados federais Érica Kokay (PT-DF), Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Ivan Valente (PSOL-SP).
"Eduardo Cunha é esperto, conseguiu uma aliança suprapartidária que ameaça os direitos individuais e das minorias", disse Jean Wyllys. O presidente da Câmara assumiu o posto neste mês e já se pronunciou contra o debate de temas como o aborto.