Ex-ministro
Agressões verbais em hospital foram manifestações isoladas, diz Mantega
DE SÃO PAULO - O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, hostilizado na lanchonete do hospital Albert Einstein na última quinta-feira (19), afirmou nesta quarta (25) que as manifestações foram isoladas. Mantega deixou o local após outros presentes gritarem que ele deveria ir "para o SUS" e "para Cuba".
Mantega nega que tenha sido expulso do hospital. "O que houve foi uma agressão verbal de uma senhora visivelmente exaltada na cafeteria do Einstein, junto com manifestações isoladas de algumas pessoas que assistiam à cena", disse.
Ele também informa que ele e a mulher, Eliane, estavam no local para visitar um amigo. "Esta foi a primeira vez que me deparei com um episódio desse tipo. Reitero minha indignação com o fato, principalmente por ter ocorrido em um ambiente hospitalar", conclui.
Em nota, o hospital Albert Einstein disse que "recebe igualmente a todos, pacientes ou não". Afirmou ainda que "rechaça qualquer atitude de intolerância e lamenta o fato ocorrido em seu ambiente".
Mantega foi ministro da Fazenda entre 2006 e 2014 --foi o ministro que ocupou o cargo por mais tempo na história democrática brasileira--, durante os dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro mandato de Dilma Rousseff. O ex-ministro esteve à frente da Fazenda até o dia 1º de janeiro deste ano, quando foi substituído por Joaquim Levy.