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Brasil terá dificuldade para sair do atoleiro, afirma 'Economist'
A revista britânica "The Economist" afirmou em editorial que a economia brasileira está "uma bagunça" e que será difícil para o governo tirar o país do "atoleiro". O desafio, de acordo com a publicação, é o maior desde o início dos anos 1990.
Segundo a revista, o Brasil entrou em estagnação em 2013 --ano em que o PIB avançou 2,3%-- e agora caminha para entrar em uma forte recessão, com inflação alta apertando salários e comprometendo o pagamento de dívidas. O investimento, diz, pode cair mais (está 8% abaixo de um ano atrás).
O editorial está na capa da edição de 28 de fevereiro direcionada à América Latina.
O escândalo de corrupção na Petrobras também é citado. A publicação diz que as grandes construtoras manterão seus investimentos paralisados, pelo menos enquanto durarem as investigações.
A revista britânica diz ainda que a base de apoio da presidente está se desintegrando e lembra a última pesquisa Datafolha, apontando que a popularidade de Dilma caiu para 23% em fevereiro, atingida "tanto pela deterioração da economia quanto pelo escândalo na Petrobras".
O editorial aponta que, em grande parte, os problemas do Brasil foram criados pelo próprio governo, devido à política econômica adotada no primeiro mandato, com medidas que minaram a competitividade da indústria.
Por outro lado, diz que a presidente reconheceu que o país precisa ser mais amigável aos negócios, o que a levou a colocar Joaquim Levy, um economista liberal, como ministro da Fazenda. Mas adverte que a "recessão e a redução das receitas fiscais podem comprometer o ajuste".