Outro lado
Transação foi empréstimo, diz tesoureiro do PT
O tesoureiro do PT João Vaccari Neto nega o recebimento de propinas em contratos da Petrobras e diz que as transações bancárias feitas com a empresa CRA, do empresário Cláudio Mente, resultaram de um empréstimo.
Em nota, Vaccari afirma que ele e Mente são amigos há muitos anos.
Segundo o texto, em 2008 Vaccari e sua mulher compraram uma casa nova e contavam com a venda da antiga para completar o valor necessário para pagar o imóvel.
A venda, porém, demorou mais do que o previsto, e eles solicitaram um empréstimo a Mente, afirma a nota.
"O empréstimo foi feito por uma empresa de Mente. Assim que a venda da casa antiga foi efetivada, o empréstimo foi quitado", diz o texto.
A transação, segundo Vaccari, foi declarada no Imposto de Renda conjunto do casal, da qual constam tanto o empréstimo em 2008 quanto sua quitação em 2009.
Diz ainda que a legalidade da operação é confirmada pelo fato de ela ter sido feita por transações bancárias. "Dessa maneira, estranhamos que uma operação perfeitamente legal e que não tem a mínima proximidade com as investigações conduzidas atualmente pela Polícia Federal seja colocada sob suspeita", afirma.
Os advogados da Toshiba dizem que a empresa não pagou propina e seus contratos foram obtidos licitamente.
A Folha não localizou a defesa de Cláudio Mente.