Marta voltará a escrever coluna na Folha
Senadora, que já colaborou com o jornal em outras oportunidades, terá espaço às sextas
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) voltará a escrever, semanalmente, a coluna vertical da pág. A2 da Folha a partir desta sexta-feira (6).
Ela havia ocupado o mesmo espaço entre julho de 2011 e setembro de 2012, quando encerrou a colaboração para assumir o comando do Ministério da Cultura.
Marta já escreveu na Folha de 1982 a 1984, no extinto caderno "Mulher", e de 1984 a 1986, na "Ilustrada".
"Ocupar um espaço semanal na Folha é desafiador. Ousadia, liberdade de expressão, independência, valores afinados com a linha editorial do jornal com o qual já colaborei, me estimulam muito neste momento de grande interesse nas pautas mais relevantes para o país. Vou me empenhar e espero propiciar boas reflexões e debates", afirmou a senadora.
Formada em psicologia pela PUC-SP, Marta é filiada ao PT desde 1981. Em 1994, elegeu-se deputada federal, seu primeiro cargo público.
Em 2000, foi eleita prefeita de São Paulo, perdendo a reeleição no pleito de 2004. A petista foi ainda ministra dos governos Luiz Inácio Lula da Silva (Turismo) e Dilma Rousseff (Cultura). Em 2010, ela obteve uma vaga no Senado pelo Estado de São Paulo.
Recentemente, Marta Suplicy entrou em atrito com o PT e, segundo aliados, cogitou até deixar o partido.
No início do ano, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", a senadora tinha dito que o PT chegara a uma "encruzilhada": "Ou muda, ou acaba". Ela também fez duras críticas à presidente Dilma e à política econômica adotada pelo governo após as eleições do ano passado.
Ainda em janeiro, a senadora voltaria ao ataque.
Em artigo publicado na Folha, ela escreveu que o Brasil atravessa uma crise "por ausência de transparência, confiança e credibilidade" e que o PT prometeu na campanha "um futuro sem agruras, omitiu-se na apresentação de um projeto de nação para o país, mas agora está atarantado sob denúncias de corrupção".
Apesar de chateados, o ex-presidente Lula e dirigentes petistas atuaram para tentar mantê-la no partido.