Ministro pede que manifestações sejam realizadas sem 'ódio' e 'raiva'
Cardozo (Justiça) diz que 'posturas golpistas' devem ser afastadas
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu nesta quarta (11) que as pessoas protestem "sem ódio" e afirmou que não há qualquer razão jurídica para embasar um eventual pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Cardozo evitou polemizar quando falou sobre os protestos contra o governo programados para o domingo (15).
"[Deve-se] Manifestar dentro da lei e da ordem, respeitar as autoridades constituídas e afastar quaisquer posturas golpistas. Gostaríamos que não fizessem ação de ódio, de raiva", afirmou.
Cardozo disse que tem visto "de todos os lados muita intolerância", mas que o governo respeita a democracia.
Questionado sobre defender a deposição de Dilma ser considerado golpismo, ele afirmou que a reeleição da presidente foi legítima: "Democracia existe no país, e não existe qualquer razão jurídica para se mudar esse quadro que está posto", argumentou.
'COM RESPEITO'
Após reunião com representantes de seis centrais federais que farão protestos em todo o país nesta sexta (13), o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) disse que o governo acompanha "com respeito" essas demonstrações.
"O Brasil vive uma plenitude democrática, todos cidadãos e cidadãs vivem abertamente a plenitude democrática e são responsáveis frente a essa plenitude."
As passeatas irão defender direitos trabalhistas, a Petrobras, a democracia e a reforma política. Nos bastidores, o ato é chamado de "Blinda Dilma", pois ocorrerá dois dias antes da manifestação que pedirá o impeachment.
Os representantes das centrais foram a Brasília tratar das medidas provisórias que restringem o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários --as entidades são contra as iniciativas.