Presidente afirma olhar para protestos com 'tranquilidade'
Petista diz não temer o acirramento das manifestações do próximo domingo (15), que pedirão seu impeachment
Descobrir se rivais estão por trás dos atos é trabalho da 'imprensa investigativa', afirmou a presidente no Rio
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta (12), em cerimônia no porto do Rio, não temer o acirramento dos ânimos nas manifestações previstas para o próximo domingo (15) em várias capitais do Brasil.
"Eu sou de uma época, sempre repito isso, em que a gente não podia manifestar. Quem manifestasse era preso. O Brasil se fechou e caiu numa ditadura. A gente hoje tem que olhar para a manifestação com absoluta tranquilidade", disse a petista.
Segundo Dilma, o que não se pode permitir é violência. "Nós não podemos aceitar violência contra pessoas ou patrimônio. Vocês [a imprensa] fora vítimas disso em um momento", disse a presidente lembrando a morte do cinegrafista Santiago Andrade em 2014, atingido numa manifestação no centro do Rio.
Questionada sobre adversários políticos estarem por trás dos atos, Dilma disse que o trabalho de descobrir é da "imprensa investigativa".
Imagens da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência ilustram vídeos com chamados às manifestações.
Os tucanos apoiam os protestos, mas dizem que o impeachment não está na agenda do partido. O DEM também declarou apoio às manifestações.
O Solidariedade, de Paulinho da Força (SP), lançou ontem uma campanha pelo impeachment de Dilma.