Cunha é recebido com protesto em Porto Alegre
Presidente da Câmara foi vaiado por ativistas
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi recebido com vaias e palavras de ordem do movimento LGBT nesta segunda-feira (30), num debate sobre reforma política na Assembleia do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
Após os protestos, Cunha falou em "intolerância" dos militantes. Por causa do tumulto, o presidente da Casa, Edson Brum (PMDB), transferiu o evento para um local fechado ao público.
Segundo o deputado estadual, a mudança foi necessária porque os manifestantes atrapalharam a execução do hino nacional com os gritos.
Os ativistas chegaram à Assembleia antes das 9h e estenderam faixas. Uma delas questionava: "O Brasil vai ser governado pela Bíblia ou Constituição?". Os ativistas gritaram ainda "fora, Cunha" e o acusaram de homofobia.
"Registro aqui a intolerância a que acabamos de assistir. Aqueles que não respeitam nem sequer o hino nacional não podem ter o direito a qualquer outra manifestação democrática", disse Cunha após os protestos.
"O contraditório, o diálogo, é sempre muito bem-vindo. Mas foi lamentável a intolerância", afirmou.
O presidente da Assembleia justificou a retirada dos ativistas: "Esta Casa é a voz do povo gaúcho, mas eu peço desculpas pelas manifestações agressivas inclusive contra o hino nacional".
Na semana passada, Cunha também foi hostilizado. Na Assembleia paulista, foi recebido sob gritos de "machista" e "corrupto". O deputado tem feito viagens regulares às Assembleias do país.