Outro lado
Defensor de Vargas diz que estranha a acusação
Caixa Econômica e Ministério da Saúde dizem que vão fazer investigações internas sobre os contratos
O advogado de André Vargas, João Gomes Filho, afirmou que irá impetrar um habeas corpus o mais breve possível para tentar libertar seu cliente. "O que me causa estranheza é o descompasso. A situação [investigada] é de março do ano passado. Não tem contemporaneidade com a custódia", disse.
Ele afirmou ainda que "não há nenhuma denúncia contra Vargas". Sobre as acusações, Gomes Filho preferiu não se posicionar, por não saber se continuará sendo advogado de Vargas.
A Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde informaram que vão fazer investigações internas sobre os contratos com a agência de publicidade Borghi Lowe.
O ministério informou ainda que suspendeu os pagamentos à agência de publicidade Borghi Lowe e que não irá autorizar novas ordens de serviço para a empresa.
As informações dos contratos de publicidade no período serão "encaminhadas para a Controladoria-Geral da União e Polícia Federal e ficarão à disposição dos demais órgãos de controle, como Tribunal de Contas da União e Ministério Público, para reforçar as medidas de controle e auxiliar nas investigações".
A nota afirma ainda que os contratos para a realização de campanhas de utilidade pública cumprem todos os requisitos exigidos na legislação sobre licitações. "A última concorrência pública ocorreu em 2010 e selecionou quatro agências. Os contratos têm vigência de um ano, podendo ser renovado por até cinco anos", afirmou a pasta.
Sobre a Labogen, o Ministério da Saúde disse que não firmou nenhum contrato com a empresa: "Em 2013, ao tomar conhecimento do relatório da Polícia Federal sobre a Operação Lava Jato, o Ministério imediatamente suspendeu o termo de compromisso selado com o Laboratório da Marinha, antes mesmo da assinatura de contrato."
A Caixa Econômica Federal informou que abrirá apuração interna para averiguar os fatos e que vai colaborar com as investigações. O banco também informou que encaminhará todos os contratos relacionados à CGU, à PF e ao Ministério Público.
A Folha não localizou os advogados de Luiz Argôlo, Pedro Corrêa, Leon Vargas, Elia Santos da Hora, Ivan Torres e Ricardo Hofmann.