Atividades como consultor são legítimas, diz Palocci
Petista explica a amigos pagamentos de R$ 12 mi feitos por grupos empresariais
Em mensagem enviada a amigos nesta segunda (20), o ex-ministro Antonio Palocci defendeu como "legítimas relações comerciais" as atividades de sua empresa de consultoria em 2010, quando ele era deputado federal pelo PT.
Segundo reportagem da revista "Época", procuradores da República encontraram indícios de que três grupos empresariais, Pão de Açúcar, JBS e Caoa, pagaram Palocci sem que ele prestasse serviços que justificassem os valores.
Segundo a revista, a consultoria do ex-ministro faturou R$ 12 milhões em contratos com 30 empresas em 2010, ano em que Palocci também assumiu a coordenação da primeira campanha de Dilma Rousseff à Presidência.
O grupo Pão de Açúcar pagou R$ 5,5 milhões. Segundo o ex-ministro, foram feitos "serviços técnicos de acompanhamento da aquisição das Casas Bahia". Já os pagamentos do frigorífico JBS e da concessionária Caoa somaram R$ 6,5 milhões.
Segundo a revista, a suspeita do Ministério Público é que não houve serviço e o JBS recebeu em troca um empréstimo do BNDES. Palocci nega.
Sobre a Caoa, ele diz ter feito um serviço técnico e que, se após quatro anos, "algumas montadoras vieram a obter prorrogação de regime tributário diferenciado do Congresso", não há relação com sua contratação.