Mensalão
Ex-deputado que foi pego bebendo em bar ganha liberdade condicional
DE BRASÍLIA - Relator da execução das penas do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luís Roberto Barroso concedeu liberdade condicional ao ex-deputado pelo PTB Romeu Queiroz. Ele foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro a 6 anos e 6 meses de reclusão.
Queiroz cumpria pena em regime semiaberto, em que é possível sair da prisão para trabalhar durante o dia, mas havia tido esse direito revogado.
O motivo: a divulgação de vídeo em que ele é visto bebendo o que seria supostamente cerveja em um bar de Belo Horizonte, no horário em que deveria estar trabalhando. Na época, o ex-congressista trabalhava em sua própria empresa, a RQ Participações S/A, no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte.
Em junho, a Vara de Execuções Penais em Ribeirão das Neves (MG) comunicou ao STF que o fato não foi reconhecido como falta grave. Com isso, o pedido do Ministério Público para que Queiroz passasse ao regime fechado foi rejeitado.
Diante do posicionamento da Justiça mineira, Barroso avaliou que Queiroz cumpriu os requisitos para obter liberdade condicional --a primeira concedida no processo do mensalão, que teve 24 condenados.
Entre as condições estão o cumprimento de um terço da pena em caso de não reincidência em crime doloso, bons antecedentes, comportamento satisfatório, bom desempenho no trabalho, aptidão para prover seu próprio sustento por meio de trabalho honesto, além do pagamento da multa imposta na condenação --Queiroz parcelou o pagamento, no valor de R$ 1,2 milhão.