Professores e policiais civis aprovam greve geral no RS
Sartori diz que vai descontar dias parados do salário de grevistas
Em mais um capítulo da crise no Rio Grande do Sul, professores, funcionários da saúde e policiais civis resolveram parar, por três dias, em protesto contra o governo de José Ivo Sartori (PMDB).
Policiais militares também aderiram ao movimento durante assembleia realizada nesta terça (18). Eles vão iniciar uma operação-padrão: não vão sair às ruas em veículos com documentação irregular nem coletes salva-vidas fora da validade.
"Os carros irregulares não sairão e são muitos", diz Leonel Lucas, presidente da Associação dos Policiais de Nível Médio da Brigada Militar.
Em rápido pronunciamento no final da tarde desta terça, o governador afirmou que irá descontar os dias parados dos salários dos grevistas.
"Já determinei aos secretários que presença será presença, e falta será falta", afirmou o peemedebista.
Sartori pediu ainda que os servidores não suspendam as atividades "pelo bem do povo gaúcho".
Os funcionários protestam contra o parcelamento de salários, congelamento dos reajustes e mudanças na aposentadoria. As medidas são iniciativas de Sartori para enfrentar a crise do Estado que resultou no bloqueio das contas pelo governo federal por causa do atraso do pagamento da dívida com a União.
Após passeata que reuniu, segundo os organizadores, 50 mil pessoas, centenas de servidores entraram na Assembleia e ocuparam o plenário.
O objetivo é pressionar os deputados estaduais para que não aprovem o pacote de Sartori com congelamento de salários, extinção de fundações e aumento de impostos.