PF indicia almirante Othon por suposta corrupção em obra
Filha também é suspeita; empresa familiar teria recebido propina na usina de Angra 3
A Polícia Federal indiciou o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, e mais oito pessoas sob suspeita de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, devido a supostas fraudes em licitações nas obras da usina Angra 3 mediante pagamento de propina.
Entre os indiciados estão a filha do almirante, Ana Cristina Toniolo, que administrava a Aratec Engenharia, empresa da família que teria sido usada para o recebimento de propina, e o executivo Flávio David Barra, da Andrade Gutierrez Energia.
A PF encontrou transferências de empreiteiras e consultorias de ao menos R$ 4,5 milhões para a Aratec com indícios de serem propina, devido à aparente ausência de serviços prestados. Othon está preso preventivamente.
Segundo a PF, as empresas negaram a fraude. Ana Cristina afirma que os pagamentos à Aratec eram referentes a traduções, e Othon nega ter recebido propina.
VARGAS
Nesta sexta (28), procuradores pediram a condenação do ex-deputado do PT André Vargas, de seu irmão Leon e do publicitário Ricardo Hoffmann, também por corrupção, lavagem e organização criminosa. A defesa de Vargas não foi localizada e a de Leon diz acreditar na absolvição. Hoffmann nega os crimes.