'PT mostrou que o fundo do poço é móvel', diz Alckmin
Impeachment é legal, afirmou governador
Após conversarem por mais de duas horas, os dois principais nomes do PSDB para as próximas eleições presidenciais afinaram o discurso.
Em evento na capital paulista, o presidente nacional da sigla, Aécio Neves (MG), disse que o PT "dentro de pouco tempo estará alijado do poder". Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu a constitucionalidade do impeachment.
Os dois trocaram afagos no palanque de um evento para filiação de novos prefeitos. Aécio se referiu ao governador como o tucano mais respeitado do país.
As críticas de Aécio miraram no PT e na presidente Dilma Rousseff. Disse que está na hora de o Brasil se "reencontrar com a verdade", que não se sente derrotado e que o PSDB é "a única alternativa segura" para o país.
Alckmin não abordou a crise nacional em seu discurso, mas em entrevista culpou a petista pela situação atual: "Essa crise é made in PT", criticou. "Eles é quem devem apontar os caminhos."
O governador defendeu a ação da bancada do PSDB na Câmara, que lançou um movimento para colher assinaturas pró-impeachment. "Defendemos a investigação e, depois, que se cumpra a Constituição (...). O impeachment é constitucional."
Para Alckmin, a perda do grau de investimento do país mostrou que a situação, que já era ruim, se deteriorou. "Eu disse que o PT havia chegado ao fundo do poço, mas parece que para eles o poço é móvel, sempre pode piorar."
Questionado sobre a postura do PSDB no Congresso, o governador disse que o partido errou, por exemplo, ao se posicionar pela derrubada do fator previdenciário, criado no governo FHC.