Maluf vira réu pela quarta vez no Supremo
Deputado responderá por falsidade ideológica
O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) virou réu em ação penal no STF (Supremo Tribunal Federal) sob acusação de fraudar a prestação de contas de sua campanha à Câmara em 2010. Ele responderá por falsidade ideológica.
A decisão, unânime, foi tomada pela Primeira Turma do STF nesta terça (15).
Maluf é réu em outras três ações no STF sob acusação de superfaturar obras e enviar ao exterior verba desviada quando foi prefeito de São Paulo (1993-1996).
Desta vez, ele é acusado pelo Ministério Público Federal de não ter declarado à Justiça Eleitoral o pagamento de R$ 168,6 mil em despesas da campanha pela Eucatex, empresa de sua família.
Para os ministros, não foi possível afastar os indícios de que despesas pagas pela empresa custearam a confecção de material de campanha.
O advogado Maurício Silva Leite, defensor de Maluf, negou irregularidades e afirmou que não é possível apontá-lo como autor do crime porque o deputado não assinou a prestação de contas.
"Uma campanha para deputado federal num Estado como São Paulo não dá ao candidato tempo para verificar todos os documentos da campanha", disse.