Injúria
Justiça condena Cid Gomes a indenizar presidente da Câmara
DE BRASÍLIA - A Justiça do Distrito Federal condenou o ex-ministro Cid Gomes (Educação) a indenizar em R$ 50 mil o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por ter afirmado que a Casa tinha "uns 400, 300 deputados" achacadores.
A decisão é do juiz Redivaldo Dias Barbosa, da 23ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do DF. Cabe recurso.
A declaração, em fevereiro deste ano, motivou a convocação de Cid ao Congresso, que disse aos deputados: "Prefiro ser acusado por ele [Cunha] de mal-educado do que ser como ele, acusado de achaque". O episódio levou à sua demissão.
À Justiça, Cunha alegou injúria à honra e à imagem dos deputados. Nesta quarta (16), afirmou não estar satisfeito: "Achei pouco. Vou recorrer para receber mais".
Irmão de Cid, o ex-governador Ciro Gomes reagiu e chamou Cunha de "vagabundo".
"Cid Gomes denunciou que havia um processo de apodrecimento das relações do governo com o Congresso e que essa deterioração se assentava no achaque", relatou.
"Dito isso, foi lá, meteu o dedo na cara desse maior vagabundo de todos, que é o presidente da Câmara, pegou o paletó e foi para casa", disse Ciro nesta quarta, após ato de filiação ao PDT –Cid também deve se juntar à sigla ainda neste mês.