Fiesp faz campanha contra volta da CPMF
População vai "pagar o pato", diz entidade
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo lançou uma campanha na mídia contra o pacote de aumento de impostos do governo, que inclui a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira.
Peças publicitárias divulgadas pela federação a partir deste domingo (20) afirmam que os brasileiros "vão pagar o pato" se o governo federal conseguir aprovar o aumento dos tributos.
"O governo, em vez de cortar despesas, quer passar a conta adiante", diz mensagem da entidade, que é presidida pelo empresário Paulo Skaf, filiado ao PMDB.
A entidade diz que "imposto alto é ruim" para o Brasil e para o emprego e que os cidadãos "recebem muito pouco" em troca do que pagam.
Na semana passada, quando foi lançado um plano para aumentar a arrecadação federal, Skaf fez duras críticas ao governo Dilma Rousseff.
Disse que faria "de tudo" contra a volta da contribuição e que a gestão Dilma está "perdida". Ele defendeu sua posição junto aos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, ambos do PMDB.
Em 2007, quando o Congresso derrubou a cobrança da CPMF, a Fiesp também manteve uma campanha contra o tributo, com o movimento "Xô, CPMF".