Senado prevê compra de novo mobiliário
Depósito da Casa guarda, porém, móveis em condições de uso que foram descartados
Mesmo com um galpão cheio de móveis como mesas, armários, cadeiras, sofás e outros em condições de uso, o Senado lançou um pregão para compra de novo mobiliário para a Casa.
O edital, publicado em 13 de agosto, previa gastar até R$ 6,5 milhões. As propostas apresentadas até agora somam R$ 2,8 milhões.
Como a licitação foi para uma ata de registro de preços, o órgão faz uma cotação dos valores dos itens e é obrigado a selecionar os menores valores, mas não precisa adquirir tudo de uma vez. As compras vão ocorrer à medida da necessidade e, segundo o Senado, nenhum item foi efetivamente solicitado até o momento.
Na lista de móveis da licitação há estações de trabalho, cadeiras e sofás –são 51 itens diferentes. Foram orçados 40 sofás para salas de senadores, 20 de dois lugares e 20 para três pessoas. Os preços variam de R$ 365 (uma mesa) a R$ 2.650 (um sofá de três lugares).
Parte desses itens, ou ao menos versões similares deles, já constam do catálogo dos móveis usados guardados atualmente pela Casa.
Segundo a relação dos itens, disponível no portal da transparência do Senado, há no depósito, por exemplo, 142 cadeiras giratórias em tecido e 108 cadeiras giratórias em courvin.
A lista de sofás também é extensa. São 36 sofás para três lugares em tecido, sem contar outros vários modelos.
Esses móveis ainda estão em condições de uso, mas foram descartados por algum setor da Casa. Itens recémcomprados que ainda não tenham podido ser instalados também ficam nesse galpão, no anexo do Senado.
Além desse galpão, já lotado de móveis, existe outro depósito, para onde são levados materiais mais antigos, no Núcleo Bandeirante, onde de tempos em tempos, são leiloados.
OUTRO LADO
Procurada, a assessoria de imprensa do Senado informou que os novos móveis buscam "otimizar o uso dos espaços" e vão ser utilizados "em várias áreas da Casa, principalmente nas administrativas".
"A entrega do mobiliário será feita ao longo dos próximos 12 meses, de acordo com as necessidades de cada setor e da disponibilidade financeira do Senado", diz a assessoria, em nota.
A assessoria informa ainda que isso decorre de uma política de não construir novos espaços prediais. Por isso, antigas mesas estão sendo substituídas por novas estações de trabalho, que ocupam menos espaço.