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Empreiteiras pagaram R$ 20 mi a lobista preso
João Augusto foi associado ao PMDB
Preso nesta segunda (21) na 19ª fase da Operação Lava Jato, o empresário João Augusto Rezende Henriques é apontado como um dos elos entre o PMDB e o esquema de corrupção da Petrobras.
Investigadores detectaram pagamentos de R$ 20 milhões de empreiteiras investigadas que têm contratos com a estatal à Trend Empreendimentos, uma firma dele.
A suspeita é de que contratos de consultoria tenham sido uma fachada para o pagamento de propina ao ex-diretor da estatal Jorge Luiz Zelada, preso desde junho, e a políticos do partido.
Em 2013, o lobista afirmou em entrevista à revista "Época" que intermediava propina para o PMDB em contratos da Petrobras e que houve pagamentos também para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. Depois, à Justiça, ele recuou.
Henriques já é réu em ação penal sobre a corrupção e pagamento de propina em um navio-sonda. Ele é o terceiro lobista ligado ao PMDB a ser preso na Lava Jato. Os dois outros –Fernando "Baiano" Soares e Hamylton Padilha– selaram acordos de delação.
A Folha não conseguiu ouvir a defesa de Henriques. À Justiça ele negou ligações com o PMDB ou ter intermediado pagamento de suborno. A defesa de Zelada refuta acusações de corrupção.