Outro lado
Contrato referia-se a serviço de comunicação, afirmam suspeitos
Os jornalistas Mário Rosa e Carolina Oliveira e o Grupo Casino negaram quaisquer irregularidades nos pagamentos realizados pelo grupo varejista à empresa de Rosa, a MR Consultoria, e afirmaram que foram prestados os serviços de comunicação e gerenciamento de crise previstos no contrato e seus aditivos.
"Fui contratado como consultor de comunicação de uma das maiores empresas privadas do país para atuar em assunto que foi resolvido no âmbito privado, sem nenhuma interferência do governo", disse Rosa. "Quando fui contratado, esse assunto do BNDES já havia sido resolvido", afirmou o jornalista.
O advogado de Carolina Oliveira, Pierpaolo Bottini, afirmou à Folha que ela, a convite de Rosa, prestou "serviços de comunicação" ao Casino, auxiliando Rosa em "gestão de crise" e que serão apresentadas à Justiça provas da afirmação.
O advogado disse que a suspeita de que os pagamentos sejam uma fachada "é uma ideia extremamente injusta". "Carolina tem e-mails demonstrando que trabalhou para esses clientes e trabalhou bastante. Nem ela nem Pimentel tinham qualquer ingerência sobre decisões do BNDES", afirmou.
Em nota, o Grupo Casino afirmou que os contratos com a MR, relacionados à disputa com Abílio Diniz, a partir de julho de 2011, "contemplaram todos os requisitos exigidos por lei e seus termos seguiram padrões de mercado, consistentes com aqueles firmados pelo Grupo Casino com outros profissionais no mesmo ramo de atuação".
E acrescenta: "Os serviços prestados pela MR Consultoria foram comprovados às autoridades competentes e são de conhecimento público. O Grupo Casino reafirma que jamais contratou Carolina Pimentel ou qualquer de suas empresas".