Multinacional fará vagões em Araraquara
Hyundai Hotem anunciou fábrica de R$ 100 milhões na cidade, com estimativa de produzir 200 unidades ao ano
Expectativa é que o investimento gere 300 empregos diretos e movimente a economia local com fornecedores
A Hyundai Hotem, empresa ferroviária da Hyundai Motor Group, anunciou nesta terça-feira (18) a construção de sua primeira fábrica de vagões de trens no Brasil, que será em Araraquara.
Serão investidos cerca de R$ 100 milhões e gerados 300 empregos diretos, de acordo com informação divulgada pelo governo do Estado. A cerimônia de assinatura do projeto ocorreu no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.
A fábrica será construída em um terreno de 150 mil m² ao lado da Iesa, próximo ao contorno ferroviário, onde hoje a Hyundai Hotem já produz vagões em parceria com a empresa araraquarense.
A produção tem como objetivo cumprir o contrato de cerca de R$ 780 milhões para a entrega de 240 carros de trem à CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) a partir de 2016.
PRODUÇÃO
A expectativa da empresa é que as obras terminem no final de 2015, segundo o governo do Estado, para que a produção de material rodante possa ser iniciada na nova fábrica em 2016.
A expectativa da Hyundai Hotem é manter uma produção de 200 carros por ano, depois das entregas já contratadas para a CPTM e o Metrô Bahia, segundo o Estado.
No último domingo, o presidente mundial da multinacional, Kyuhwan Han, esteve em Araraquara para conhecer a área onde a empresa será instalada.
O prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) afirmou, por meio de assessoria, que a chegada da empresa a Araraquara reforça o desenvolvimento do setor no município e que espera maior movimentação da economia com o investimento feito pela empresa.
Além dos carros que serão construídos para a CPTM, a Hyundai Rotem tem encomendas de 112 vagões para o Metrô Bahia, em Salvador.
A parceria com a Iesa, porém, deve ser mantida na fábrica atual.
NACIONALIZAÇÃO
De acordo com Andre Han, diretor-presidente da Hyundai Rotem, a necessidade de índice de nacionalização nas compras públicas de trem influenciou a decisão de se instalar uma nova fábrica em território brasileiro.
"Uma das tendências dos contratos de projetos ferroviários no Brasil é a demanda por conteúdo local. Te- mos inclusive um projeto de nacionalizar nossos subfornecedores, fazendo transferência de tecnologia para algumas empresas que já atuam aqui", declarou Rotem, por meio da assessoria do Estado.