Foco
Paciente-robô será usado para treinamento em oncologia
Icesp inaugura nesta quarta-feira uma ala que simulará tratamentos oncológicos
Os robôs estão a serviço da medicina, dessa vez como pacientes. No Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), foi construído o Centro de Simulação Realística, concebido para auxiliar no treinamento dos profissionais da rede oncológica do Estado.
A proposta era criar um ambiente que reproduzisse fielmente o cotidiano dos pacientes com câncer e dos profissionais que os tratam.
Os pacientes-robôs têm "batimentos cardíacos", abrem e fecham os olhos sozinhos, inflam o tórax para "respirar", podem tossir e até mesmo vomitar.
Os profissionais poderão treinar procedimentos simples como injeção e coleta de sangue e até mesmo outros mais complexos como intubação e ressuscitação cardiorrespiratória.
Para a experiência ser perfeita, até mesmo a arquitetura foi levada em conta. As salas de treinamento foram construídas para serem idênticas aos leitos e aos consultórios médicos do hospital --para que o estresse gerado na tomada de decisão para tratar as máquinas possa imitar o que ocorre na realidade.
Depois, todos os procedimentos realizados podem ser revistos e debatidos, permitindo também o aprendizado com a discussão dos casos.
O investimento no centro foi de R$ 1,5 milhão.
"O objetivo do treinamento é capacitar nossos profissionais para lidarem com os imprevistos de maneira rápida e mais organizada, proporcionando qualidade e melhoria na assistência", diz Paulo Hoff, diretor geral do Icesp.