Márion Strecker
Síndrome de WhatsApp
DE SÃO PAULO - Hoje apelei para uma profissional de enorme competência, a Lili. Comecei de novo um tratamento de fisioterapia. Ela me contou que atendeu um rapaz de 18 anos com uma baita hérnia de disco no pescoço. O rapaz é alto, mas o agravante, segundo ela, é o tempo que ele passa checando o WhatsApp. Síndrome de WhatsApp, me disse com a maior naturalidade.
Escrevo WhatsApp e na imaginação ouço vozes pronunciando What's Up! Mas melhor seria dizer Whats Down! Para baixo! É para o celular que a gente dobra o pescoço. É com o celular que a gente também tenciona o indicador, ou o polegar, ou ambos: para digitar. A propósito, também estou com tendinite na mão direita.
O custo de passamos mais tempo conectados não é só de eletricidade, telefonia, troca de equipamentos com obsolescência programada, atualizações de softwares etc. O custo é de saúde física.