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'Aqui não é zoológico', diz entidade de praia baiana
De mar calmo, Massarandupió chega a receber 400 pessoas nos fins de semana
Com sorte, visitante presencia retirada de tartarugas-marinhas da areia por agentes do Projeto Tamar
Depois de cruzar 80 km de rodovias a partir de Salvador, mais 5 km numa estrada de terra até a beira da praia, o visitante de Massarandupió, pequena vila do litoral norte da Bahia, tem dois caminhos.
Do lado esquerdo, há 8 km da faixa de areia de praia tradicional --a "área têxtil", numa referência jocosa ao tecido dos biquínis e sungas.
Caminhando para o lado oposto, uma faixa de 2 km é território livre para quem quer tomar sol ou nadar no mar sem nada de roupa.
Criada em 1999, a praia de nudismo de Massarandupió é uma das mais tradicionais do país. O mar calmo, com recifes que formam piscinas, é o destaque, que ainda inclui dunas. Com sorte, é possível ver a retirada de filhotes de tartarugas-marinhas da areia por agentes do Projeto Tamar.
Duas barracas atendem aos banhistas, com um cardápio que inclui de moqueca de peixe a carne de sol --os preços variam de R$ 30 a R$ 80.
Entre comer e nadar, Fausto Rocha, 59, frequentador do local, diverte-se. "É uma delícia cair no mar e depois ir para o rio. Ainda tem uns peixinhos dando uma beliscada."
Beliscam qualquer parte porque maiôs não são bem-vindos: "Aqui não é zoológico para virem só olhar", diz César Xisto, presidente da Associação Baiana de Naturismo.
Dois seguranças e um "diretor de praia" ajudam no controle nos fins de semana, quando chegam a receber 400 pessoas. A preferência é que a área seja visitada por casais --por precaução, foram espalhadas placas com a mensagem "Sexo aqui, não". Além da praia, a vila tem três pousadas naturistas e a Ecovila --área voltada para a prática.