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Papa jesuíta fez aumentar o interesse por missões no Sul
A escolha do jesuíta Jorge Bergoglio para papa, em 2013, revitalizou o interesse pelas ruínas das missões na fronteira entre Brasil e Argentina. A parte brasileira das missões é formada por sete cidades do Rio Grande do Sul, entre elas São Miguel das Missões, declarada em 1983 patrimônio cultural pela Unesco.
Os 80 mil visitantes que o local recebe por ano vão lá para ver as ruínas dos povoados construídos pelos jesuítas portugueses e espanhóis e pelos guaranis em 1687.
"Há alguns anos, eram mais estudantes que vinham, mas, com a escolha do papa, os grupos formados por famílias incrementaram o fluxo turístico", diz a secretária de Turismo da cidade, Izabel Ribas.
A entrada do sítio arqueológico impressiona pela magnitude. No centro do local, chamam a atenção a cruz missionária inspirada na cultura espanhola e as ruínas de 30 metros de altura da catedral de São Miguel Arcanjo.
O lugar também conta com o maior arquivo brasileiro de esculturas religiosas feitas por indígenas. À noite, o visitante pode conferir o espetáculo "Som e Luz", que narra a história da região tendo as ruínas como palco.