Memoriais honram povos que foram vítimas dos nazistas
Construções em Berlim lembram sofrimento de judeus, soviéticos, ciganos e homossexuais mortos no período
Nos 70 anos do fim dos combates, exposição a céu aberto retrata a destruição de seis pontos da capital alemã
Além de manter construções que lembram o passado nazista e preservam as chagas da tomada da cidade pelos aliados, Berlim ergueu memoriais para honrar as vítimas da guerra --mais um símbolo da busca da capital alemã por identidade.
Um deles, aliás, se tornou um ponto icônico da cidade.
Vizinho do portão de Brandemburgo, o Memorial aos Judeus Mortos na Europa (Memorial do Holocausto) é constituído de 2.711 blocos de até 4,7 metros de altura dispostos como túmulos, por entre os quais é possível caminhar.
No subsolo, uma mostra conta a história de famílias judias mortas no Holocausto.
Ali em frente, na entrada do parque Tiergarten, um cubo maciço de cimento, de 3,6 metros de altura, esconde uma janelinha de vidro.
Por ela se vê o vídeo de um casal de homens dando um longo e apaixonado beijo. O regime nazista enviou mais de 50 mil gays à prisão e a campos de concentração.
No parque Treptower, o Memorial Soviético guarda restos mortais de 17 mil soldados soviéticos que sucumbiram nos embates finais da guerra. As estátuas da Pátria-Mãe, em granito, e a do soldado, em bronze, impõem a imagem vitoriosa da URSS.
Por fim, o Memorial aos Sinti e Roma, povos ciganos, exibe uma singela flor, trocada diariamente, em um lago.
IMAGEM HISTÓRICA
Para lembrar os 70 anos do fim da Segunda Guerra, Berlim promove, até o dia 24, uma exposição a céu aberto.
Fotografias ampliadas, todas da primavera de 1945, após a Batalha de Berlim, lembram a destruição de seis pontos da cidade, como o portão de Brandemburgo.